Plano da Mentira

Definiram oito pilares estratégicos. Derrotar os terroristas e neutralizar a insurreição. Garantir a transição para que o Iraque possa assumir plenamente sua própria segurança. Ajudar os iraquianos a criar um governo democrático que represente todas as forças do país. Ajudar o governo iraquiano a ser capaz de fornecer os serviços essenciais à população. Ajudar o Iraque a reforçar sua economia. Ajudar o Iraque a fortalecer o estado de direito e a promover os direitos do cidadão. Aumentar o apoio internacional ao Iraque. Reforçar a compreensão no Iraque e no mundo árabe dos esforços feitos pela coalizão e isolar os rebeldes.

O quadro é alarmante. O posicionamento de dono do mundo e ações similares, recheadas de bravatas e mentiras, amplia a insegurança internacional. O mundo teme o terror do império.

Os norte-americanos transformaram o Iraque em um país tutelado, por isso usam e abusam do verbo “ajudar”. Na verdade, é um país ocupado, invadido, pirateado.

Não há consistência jurídica na coalizão. Não existem as tais armas de destruição em massa. O Conselho de Segurança das Nações Unidas não autorizou a intervenção. Foi uma decisão unilateral de Bush, Blair e Aznar. Os países que participam da invasão temem o jogo político e militar dos donos do mundo. Aceitam, concordam e se responsabilizam pelos crimes cometidos.

É lógico que procuram todo tipo de defesa perante a opinião internacional. A Carta das Nações Unidas, assinada e aprovada por todos, não permite a intervenção em nenhum país membro, exceto se houver consenso do Conselho de Segurança. O Iraque era membro das Nações Unidas.

Entre o que está escrito, aceito e compromissado e o jogo de interesses, predomina uma disparidade absurda e contrastante.

Bush, Blair e companhia servem a indústria bélica. Por sua vez, esta patrocina todo tipo de façanha. A lógica é crucial: de que adianta fabricar armas sem um inimigo para destruir?

Resta uma estratégia óbvia: construir inimigos.

A humanidade, infelizmente, se reduz a este processo de extermínio em massa. Basta somar e calcular a quantidade de mortos no Iraque em função das atitudes magnânimas dos norte-americanos e comparsas.

Não se pode chamar de plano da vitória. É um pleonasmo. Está mais para plano da mentira. Não existe interesse algum em acabar com os conflitos, ocupações, extermínios. As bombas são fabricadas para explodirem. Se matarem, é mera circunstância. Ou azar.

Orquiza, José Roberto escritor [email protected]

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