Derrota à vista

Quem é o baluarte vivo do resgate da verdade e futuro do planeta? Bush? Blair? Berlusconi? Kofi Anan? Sharon? Putin? Chirac? Schroeder?

O cidadão padrão foi feito escravo do sistema. Paga para viver. Paga para comer. Paga para pensar. Paga para morrer.

Os líderes públicos são prestidigitadores. Dominam a arte de ludibriar. Representam o grande poder. Adoram a mentira, o jogo de cena e a superficialidade da grande mídia. Pouquíssimos se importam de fato com a melhoria de qualidade de vida real do povão.

O mundo está dividido entre os que mandam e desmandam, grupos organizados, ricos e poderosos, clero, classe média, pobres e miseráveis.

Os donos do poder imperam absolutos. A maior parte das democracias não passa de uma grande farsa. O povo é um mero elemento decorativo, utilizado para justificar a panacéia dos governos.

A sociedade organizada através de partidos, sindicatos, associações, movimentos, entidades luta exclusivamente por seus interesses particulares.

Os ricos e poderosos compram tudo o que desejam. Todos têm seu preço e estão à venda. Desde o presidente até o juiz, desde o primeiro-ministro até o policial.

O clero constitui a válvula elástica entre os componentes sociais. Seu principal papel é amainar a possível reação da maioria, classe média, pobres e miseráveis.

O cidadão não consegue mais reagir. Só conhece seu universo. Convive com 6,4 bilhões de ego centros. Pertence à espécie homo depredator. Aceita a realidade tal como é imposta. O resto não passa de utopia.

A escala de valores predominante é medida pelo dinheiro ganho. Cabe aos vencedores o grande prêmio. Cabe aos perdedores o extermínio. A importância é medida pelo tamanho do bolso. Para vencer, vale-tudo. O que não se pode é infringir qualquer regra vital do jogo. Tudo é permitido desde que ninguém perceba, mesmo matar, eliminar, passar os demais para trás.

Os analistas estudam a catarse psicossocial caracterizada por uma espécie de hipnose limitante. As pessoas aceitam o quadrado, o fechado, o bitolado, o restrito, o pequeno. A segurança está na dimensão do limite. Quanto menor, mais seguro.

O estado maior permeia a individualidade. Pesquisa a potencialidade terrorista. Invade as liberdades. Falta apenas inventar um chip controlador de comportamento. Ou produzir cibernéticos em série.

Espera-se que as pessoas consigam se portar como um cidadão acima de toda e qualquer suspeita. Precisam ganhar dinheiro, observar os códigos de permitido e proibido, se vestir e agir adequadamente, aceitar a condução, tipo boiada. Em regra, quanto mais conservadoras, melhor. É mais conveniente não criticar, não pensar, não reagir.

O planeta está sendo explorado, violentado, arrasado.

Todo humano, independente dos limites de posse das nações, tem o direito essencial de participar da sociedade, de receber preparação adequada, de viver em condições básicas de bem-estar, de ser verdadeiramente representado e de dispor de justiça, plena, independente e equilibrada.

O falta de inteligência dos poderosos pode por tudo a perder.

O planeta precisa de uma nova constituição. Moderna, contemporânea, justa.

Orquiza, José Roberto escritor [email protected]

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