Em primeiro lugar, o país de Sadam vivia sob regime de bloqueio econômico e militar ao mesmo tempo. Não podia vender petróleo e nem podia sobrevoar além dos paralelos controlados pelas forças norte-americanas e inglesas.
Em segundo lugar, os técnicos das nações unidas estavam vasculhando o possível e impossível para descobrir qualquer vestígio de produção de armas de destruição em massa, químicas ou biológicas.
Em terceiro lugar, o Iraque foi um dos fundadores das nações unidas e pelos seus próprios regulamentos, não poderia sofrer o ataque por parte de um outro país membro. O mais importante, no entanto, é que a carta das nações unidas ressalva ações pacíficas, conciliadoras, equilibradas.
Em quarto lugar, o conselho de segurança das nações unidas, por intermédio dos países com direito a veto, não aprovou qualquer medida drástica através de forças militares. Por esta atitude, os países membros deveriam buscar outra solução, sem o exercício da força bruta.
Em quinto lugar, o Iraque estava destroçado pelos efeitos da guerra do golfo. Não representava nenhum perigo para a paz mundial. Possuía armamentos ultrapassados. Não conseguia reunir recursos para se armar militarmente.
Mesmo assim, contra tudo e todos, Bush e Blair, decidiram atacar através de um plano arquitetado com antecedência de um ano.
Fatores decisivos: o Iraque é um dos maiores produtores de petróleo do mundo; a posição geográfica é estratégica no Oriente Médio; o estoque de armas de destruição em massa em poder dos norte-americanos, com validade quase expirada, era suficiente.
Bush, Blair e Aznar juraram para o mundo inteiro que o Iraque possuía armas de destruição em massa. Em função desta mentira, conseguiram contrabalançar a possível reação internacional. Para melhorar suas posições políticas, saíram comprando o apoio de diversos países, grandes e pequenos.
Assim produziram o show pirotécnico da morte. Com força incomparavelmente superior promoveram terríveis cenas de brutalidade e insensibilidade. Praticaram o terror, amedrontando o mundo inteiro.
A humanidade abomina a guerra. Existem outras formas muito mais inteligentes e sensatas para promover o desenvolvimento dos povos e o bem-estar das comunidades. Sem selvageria. Sem barbarismo. Sem covardia.
O ato de suspeitar as intenções dos povos é pré-conceituoso.
Os americanos se orgulham de possuir a maior população carcerária do mundo, mais de dois milhões de presos. Isto não é um reflexo de avanço. Pelo contrário, é uma prova inconteste da deterioração dos padrões de desenvolvimento da sociedade.
A verdade é que as sociedades modernas são extraordinariamente injustas e desumanas. Promovem desigualdades, segregações, exclusões.
Bush deveria conseguir recuperar seus presos, reintegrando-os na sociedade. Ou deveria promover condições de melhoria de qualidade de vida através de valores, princípios e crenças na paz.
Fica a impressão de que seu governo é financiado pela indústria bélica.
Junto com Blair, Bush é o grande vencedor do Nobel da guerra. Está na mesma galeria de Hitler. Só no Iraque já exterminaram mais de 200 mil pessoas.
Orquiza, José Roberto escritor [email protected]
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter