MUNDO BOMBA

Onde está o bom senso? Onde está o equilíbrio? Onde está a tão falada democracia? Onde está a liberdade?

O que as nações unidas de verdade faz para promover um mundo melhor, mais justo, mais humano, mais viável?

Será que os senhores do poder seriam aprovados por testes psicológicos? Ou será que ultrapassam todos os quocientes de inteligência, beirando a genialidade do bem e do mal?

Por que os senhores do poder e os líderes do mundo precisam de tanto dinheiro para construir bombas e mais bombas, capazes de matar três vezes cada humano?

Os especialistas acreditam que existe estoque útil de plutônio e urânio para a construção de 230 mil armas nucleares táticas, cada uma com a capacidade de exterminar de 100 a 600 mil pessoas de uma vez só.

Trata-se de uma aberração estúpida, imbecil, estapafúrdia digna do pior inferno, se é que existe algum mais terrível.

Em sã consciência ninguém aceitaria uma situação similar. Vivemos em um planeta bomba. Dependemos de líderes arrogantes, que se preocupam exclusivamente com o bem-estar particular.

De nada adiantam as agências internacionais de controle da energia nuclear, incapazes de estancar a produção de armas de destruição com outras tecnologias, outras maldades, outros holocaustos, quando se beneficiam dos interesses dos próprios senhores do poder.

Servem para justificar perante a mídia internacional uma santa tentativa de esconder a barbárie perpetrada, escondendo embaixo do tapete a impunidade aos promotores da violência.

A invasão do Iraque, sem as justificativas do Direito Internacional, sustentada no maior elenco de mentiras deslavadas e públicas, prova o pecado de omissão da humanidade.

Quem ousa falar para o senhor Bush, o senhor Blair, o senhor Sharon e companhia limitada que é fundamental preservar o equilíbrio e bem-estar da humanidade, respeitando os direitos humanos que eles próprios se comprometeram na Carta das Nações Unidas, logo após os desastres absurdos da segunda guerra mundial?

Estes senhores interpretam tudo que acontece no mundo sob suas óticas e seus interesses próprios. Revestem-se de grande sabedoria e suprema arrogância, determinados a fazer o que bem entendem, sem se importarem com qualquer diversidade de ponto de vista.

Transformaram o planeta em uma espetacular bomba de destruição.

Será que inventaram alguma fórmula milagrosa para escapar ilesos do inferno cultivado por sua própria responsabilidade?

Coitados. Eles querem apenas o bem da humanidade. Querem acabar com o terrorismo. Querem proteger as pessoas de bem. Realmente, as críticas são infundadas.

Eles constroem bombas e mais bombas, inventam toda espécie de armamento mortífero, desenvolvem as mais fantásticas tecnologias de estratégias de ocupação e domínio, preocupando-se exclusivamente com o bem-estar da humanidade.

Estou convicto do exagero.

Humildemente proponho a alteração no nome do nosso planeta. Não tem muito sentido chamá-lo de terra. O nome mais adequado é Planeta Bomba. O que lhe parece?

Orquiza, José Roberto escritor [email protected]

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