É crer para ver

Boa parte das pessoas usa a exploração financeira para jogar todo o seu ódio contra a fé alheia, já que a maior parte delas se diz "cética". Não consegui enxergar relação entre fé e exploração, embora saiba que existe, evidentemente, relação entre religião e exploração.

O fato é que muitas pessoas se utilizam da religião para ganhar dinheiro, e muito. Mas ter fé - seja qual for - é errado, "alienante" ou estúpido? Claro que não. Algum jornalista já se preocupou em tentar ver que muitas igrejas que exageram no dízimo ajudam muita gente no plano pessoal, mesmo que, repito, alguns pastores se utilizem de forma criminosa dos dividendos disso?

Pois elas ajudam, e a ajuda é sincera e real na maior parte dos casos. Nunca fui um religioso e cometi o erro, por muitos anos, de ter fé apenas na vida material, mundana. Sei por breve experiência que religião/fé não é um tema para aquele cara (jornalista ou não) que acha que "morreu, acabou". É bem mais embaixo, bem mais profundo, e talvez o jornalismo tal como é constituído nunca entenderá, pelo menos por um bom tempo.

Esse entendimento poderia ajudar muitas pessoas a entender o que move o público. Isto certamente teria reflexos positivos na própria profissão, mas também (e principalmente) no plano pessoal. Creio, no entanto, que esta é uma questão que não pode ser afirmada. Só pode ser sentida e vivida.

_____________________________ Gustavo Barreto é editor da revista Consciência.Net (www.consciencia.net), colaborador do Núcleo Piratininga de Comunicação (www.piratininga.org.br), estudante de Comunicação Social da UFRJ e bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Inciação Científica (PIBIC) pela ECO/UFRJ.

Contato por e-mail: [email protected] http://www.consciencia.net/2005/mes/11/gb-credo.html

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