Putin se ri de Blair

Tony Blair veio à Rússia à procura dum aval para a acção criminosa anglo-americana no Iraque, depois de meses de chantagem, ameaças e falsificação de documentos. Quase se imaginava as suas palavras ao seu amigo George Bush antes do voo para Moscovo: “Deixa lá George, eu trato do Vladimir”.

Bush e Blair foram já longe demais e na sua arrogância, são incapazes de retornar a um ponto de estabilidade razoável. Esta viagem de Blair, em que veio à Rússia para dar uma aula magna, para impor a sua vontade que a comunidade internacional esquece a tamanha violação da lei internacional que o seu governo cometeu, juntamente com o regime Bush, fracassou contra o muro de razão que é constituído por Presidente Vladimir Putin.

Os primeiros contactos entre estes dois líderes foram amigáveis. Tony Blair foi o primeiro chefe de governo estrangeiro a visitar o novo presidente russo em 2000 e gostou do que viu. Porém, enquanto Vladimir Putin mantém uma posição de coerência nas suas relações internacionais e política interna, Blair procura um “chuto” de adrenalina cada vez mais potente com cada mês que passa.

Evidentemente, a greve dos bombeiros na Inglaterra não tem o mesmo efeito que uma guerra onde um quarto do seu exército está empenhado (numa acção totalmente ilegal). No entanto, vir à Rússia, dizer que a comunidade internacional não se pode fragmentar e que têm de fixar uma posição conjunta foi um acto de arrogância perpetrado por quem não deve estar bem da cabeça.

Vladimir Putin não é palhaço e os russos não são lorpas. Evidentemente, há problemas pontuais de falta de capital mas a Federação Russa está mantendo fielmente os seus pagamentos às instituições de crédito internacionais e está prosseguindo uma política externa egalitária, baseada nos princípios de democracia (diálogo, discussão e debate) e baseada numa abordagem multi-lateral ao tratamento dos assuntos internacionais.

Por isso quando Vladimir Putin perguntou ao Tony Blair onde estavam as armas de destruição em massa, se alguma vez as houve, acertou no alvo: esta agressão pela força anglo-americana foi ilegal e ninguém vai esquecer-se disso. Não se provocou a terceira guerra mundial mas também a acção de Blair e Bush lançou as relações internacionais para trás.

Ivan PODGORNY PRAVDA.Ru

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