Escuridão de Prepotência

Em destaque aparece os Estados Unidos da América. Torturou prisioneiros. Seqüestrou cidadãos. Prendeu sob mera suspeita. Condenou antes de julgamento legal. Discriminou. Segregou. Enfim, cometeu uma seqüência importante de desrespeito aos direitos humanos. A Casa Branca desmente tudo. Garante que tudo não passa de mentiras e mais mentiras. Defende-se louvando a libertação do povo afegão e iraquiano.

Fica clara a existência de duas versões da mesma realidade, totalmente antagônicas. O mundo enxerga de uma forma o que o império descreve de cor de rosa. Quando um povo se considera superior, melhor que todos, perfeito, o resto da humanidade começa a tremer de medo. Hitler trabalhou os mesmos valores. Ficou fácil ultrapassar os limites. A história registrou o resultado.

O povo norte-americano perdeu a sensibilidade. Está enfeitiçado. Age como os conquistadores no sentido de querer impor seu ponto de vista, sua cultura, seu modus vivendi a todos os demais povos.

Os tempos são outros. A humanidade começa a se despertar pelo respeito ao meio social e meio ambiente. A diversidade, a variabilidade cultural, a compreensão histórica, a percepção emocional constituem novos valores.

Na América, por exemplo, os conquistadores arrasaram a cultura azteca e inca. Na Oceania, promoviam a queima das estátuas que cultuavam as tradições dos povos da polinésia, da micronésia, da melanésia. Atitudes similares ocorreram em todos os povos conquistados.

Até hoje os norte-americanos não conseguem compreender e muito menos aceitar os mulçumanos. O Alcorão de Maomé não possui importância.

Até hoje os norte-americanos não conseguem perceber a importância para a humanidade das tradições históricas da mesopotâmia. Aprenderam a destruir.

Existem, logicamente, muitas exceções. O espírito bushiniano predomina. A crença de povo superior é flagrante. A maioria deseja exterminar os povos maus, pré-julgados, pré-sentenciados, pré-discriminados.

Os norte-americanos não percebem que estão sendo manipulados pela indústria bélica. Ninguém constrói uma bomba para a paz. Toda arma estratégica e tática nuclear é feita para matar muita gente, principalmente inocentes, crianças, mulheres, idosos.

Os norte-americanos não percebem a importância do diálogo, da multilateralidade, da diversidade. Estão se transformando em ditadores, imperadores, donos do mundo. Determinam o que os demais devem cumprir.

Os norte-americanos não percebem a violência que cometem querendo comprar tudo que desejam. Vivem a era do velho oeste. Colam cartazes no mundo inteiro de Procura-se Vivo ou Morto. Ao invés da velha forca, lançam mísseis.

A potência gosta da escuridão. Pode exterminar à vontade, sem o incomodo do julgamento da humanidade.

A ocupação do Iraque é terrivelmente inexplicável. Não existem as armas de destruição em massa. O Iraque não representava nenhum perigo para a paz mundial. Já vivia sufocado pelos americanos e ingleses.

A ocupação do Iraque, unilateral, é uma pirataria da prepotência.

Orquiza, José Roberto escritor [email protected]

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