Ninguém pode agir só em nome de todos

Chirac conseguiu interpretar o pensamento da maioria. As ações praticadas pelos norte-americanos em conluio com Blair e Aznar foram desastrosas.

O ataque ao Iraque representa a maior pirataria jamais perpetrada perante os olhos atônitos do mundo inteiro. Mataram inocentes, bombardearam propriedades, desrespeitaram todas as regras e normas internacionais.

A França, a Alemanha, a Rússia e a China se opuseram claramente aos desígnios de Bush e sua tropa. As pessoas saíram às ruas para protestarem, reclamarem, pedindo bom senso.

Tudo em vão.

Na verdade, o desastre do World Trade foi muito maior. Ruiu o bom senso, o equilíbrio, a capacidade de compreender todas as facetas do problema.

A maior tragédia, no entanto, é a quebra dos direitos individuais contra os próprios norte-americanos.

Hoje o mundo não tem medo dos terroristas. Ao contrário, tem medo dos falcões de Bush.

Os fatos são estarrecedores. Perante a denúncia de um pretenso assassinato público e notório, os norte-americanos vetaram a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas em relação a Arafat.

O que fizeram com a terra da liberdade?

O que fizeram com os valores e respeito à dignidade humana?

O que fizeram com a famosa democracia?

Jogaram tudo na lata do lixo.

Acontece que este lixo não é reciclável.

Demora tempo para se degradar.

Infelizmente.

Orquiza, José Roberto 52 anos, escritor, consultor de marketing, Brasil