Ambição de Estado

Depois de 1945, quando os norte-americanos lançaram suas bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, o mundo chegou à espantosa capacidade de matar três vezes cada vivente do planeta terra.

O cálculo é simples: basta multiplicar 30.000 armas nucleares táticas por 600 mil pessoas. Total de mortes possíveis: 18 bilhões. Total de humanos: 6,3 bilhões.

Mesmo com o farisaico controle da International Agency Energy Atomic, que calcula 1.600 armas nucleares táticas em poder dos norte-americanos e 3.600, em poder dos russos, é importante avançar sobre a natureza do comportamento humano.

Isto significa claramente que as potências já estão desenvolvendo novas armas de destruição em massa com tecnologias novas, ainda não controláveis pelos oponentes.

A ambição de Estado ou a ambição dos líderes têm conduzido o mundo para uma situação dramática. Ao invés de propiciarem condições de desenvolvimento dos valores, princípios e talentos da raça humana para a convivência em harmonia, equilíbrio e bom senso, já conseguem a potencialidade de matar três vezes cada um dos homo sapiens que habita o inferno chamado terra.

O sistema democrático tem se revelado uma farsa gritante. Em nome da liberdade, do respeito e da representatividade os líderes se constituem em verdadeiros donos de seus povos, permitindo toda espécie de irresponsabilidade, insanidade e desequilíbrios.

Como é possível controlar a ambição dos mandantes, dos donos do poder, dos líderes fantasiados pela democracia?

Como é possível admitir responsabilidade em um Estado capaz de exterminar a maior parte dos humanos?

Como se justifica a capacidade de Israel conseguir exterminar 200 milhões de habitantes através de suas armas nucleares táticas, reconhecidas internacionalmente?

Este poder superior conduz os Estados a decisões absurdas. Eles precisam se infiltrar nos oponentes para interpretar as tendências propiciando tempo hábil para as reações. Eles precisam criar uma parafernália incrível de segurança para seus armamentos. Eles precisam estabelecer critérios estratégicos, sigilosos e seguros para a ordem de entrar em ação. Eles precisam arrecadar toneladas e toneladas de impostos para preservar a validade de seus potenciais destrutivos.

Ao invés de promoverem o bem-estar com equilíbrio e maturidade, escolhem intencionalmente o caminho do alerta de pré-guerra permanente. Em outras palavras: cultivam a violência.

A humanidade está de parabéns. Pela sua inteligência. Pela capacidade de promover a paz. Pela consideração pelo ser humano. Pela harmonia gerada.

Os que sobreviverem deverão contar para as gerações futuras a história do planeta que conseguiu se auto-explodir.

Os senhores do mundo dispõem de pouco tempo para poluírem o espaço de estações interplanetárias ou conseguirem sobreviver em outros planetas.

O homo predator é a espécie que domina o planeta terra. É o sucessor do homo sapiens.

Vamos ampliar a capacidade de nos matar mutuamente.

Pensando bem, se os gatos têm 7 vidas, ainda é pouco conseguir matar três vezes cada humano.

Quem se aventura salvar a terra do próprio homem?

Orquiza, José Roberto escritor [email protected]

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