Política da violência

Para os mentores do espetacular negócio da produção de armas de destruição seletiva e de massa quanto maior forem os níveis de violência, melhor.

Bush, Blair, Sharon e companhia são os promotores do desenvolvimento deste negócio. Defendem e promovem publicamente a política da violência. Tudo em nome da defesa da segurança dos seus e insegurança do resto do mundo.

Não aceitam o diálogo. Não ponderam as diversidades. Não compreendem as expectativas dos desgraçados que não comungam os valores do capitalismo selvagem.

De outro lado, os terroristas se servem da mesma ignorância. Não conseguem estruturar uma estratégia de aproximação, de valorização do entendimento, de composição e harmonia de interesses, de direitos e deveres.

A política da violência é simples: quanto maior é a agressividade e arrogância, mais se acirram os ânimos. E a produção de armas de destruição cresce sem parar.

Os senhores da guerra desenvolvem armas avançadas e poderosas. Dominam a arte do terrorismo de Estado. Massacram, eliminam cidades, povos, países, raças, religiões. Do outro lado, os perseguidos se auto-explodem ou lutam com armamentos ultrapassados. Praticam o terrorismo inesperado.

Bush, Blair, Sharon mais os componentes da coalizão não querem a paz, o acordo, o equilíbrio. Querem determinar, mandar, obrigar, exterminar, conquistar.

Todos são essencialmente pragmáticos. Buscam soluções momentâneas, de curto prazo, temporárias. O foco é o universo de interesses particulares. Não se preocupam com a humanidade, seus desafios, seus problemas, seus anseios.

Se algum povo do mundo invadisse a menor cidade norte-americana, promovendo destruição similar à ocorrida em Fallujah, qual seria a reação?

Será que o povo iraquiano não pode se defender de seus invasores?

Será que o mundo inteiro deve abrir caminho aos interesses dos poderosos permanecendo de cabeça baixa, cumprindo os desígnios impostos, louvando a pretensa superioridade?

O espírito do dominador considera a lei do mais forte, do mais ameaçador, do mais terrível, do mais poderoso. O resto não importa.

A política da violência favorece o enriquecimento e domínio dos grandes mandantes. Protege o individualismo e os interesses particulares.

São necessários dois planetas: o primeiro é de Bush, Blair, Sharon e companhia; o outro é do resto do mundo, considerado um grande lixo para os primeiros.

Neste cenário, quem consegue mostrar as vantagens da política do desenvolvimento global?

A tese é compreensível: quanto mais pessoas participarem do mercado de consumo, mais riquezas circularão entre todos.

Os senhores do poder não conseguem perceber que suas riquezas advêm do resto do mundo. E o resto do mundo não consegue se desvencilhar das amarras sufocantes dos poderosos.

A política da violência é degradante para a humanidade.

Afinal, é essencial salvaguardar o enriquecimento dos donos da indústria da morte. Como todo mundo, eles têm direito de sobreviverem com dignidade, mesmo que seja a custa do extermínio de seus semelhantes.

Por que o bom senso não prospera? Orquiza, José Roberto escritor, [email protected]

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