Em defesa dos que matam

Milhares já perderam suas vidas por esses acidentes infelizes. Culpados?

Existem sim. São os inimigos que ao invés de aparecerem de peito aberto, em praça pública, vivem se escondendo. É por este motivo que ocorrem erros semelhantes.

São aceitos, válidos e aprovados por todos. Imagine que na caça a um perigoso bandido, a bala perdida matou por engano vinte mil mães. A quantidade é o que menos interessa. O que vale é perceber a boa intenção dos que matam.

Afinal, eles estavam defendendo a humanidade. E porque são humanos, cometem erros acidentais. Quem paga o enterro? Quem conforta os familiares? Quem responde pelos danos?

Ninguém. Esses mortos não podem ser chorados. Devem ser esquecidos e apagados da memória universal. Os bárbaros se comportavam da mesma forma? É que os bárbaros não defendiam a humanidade. Eles pensavam unicamente em si próprios. Existem muitas diferenças.

Nem precisam ser explicadas.

Alguém vai querer vingar estas mortes acidentais? Não é aconselhável. Se vingarem, o conflito vira crônico como a situação entre judeus e palestinos.

Um pouco mais de um ano atrás, um grupo que comemorava um casamento fora confundido com o grupo do Bin Laden. Morreram despedaçados. Outro engano terrível. Lembre-se que os que mataram defendem a boa causa. Isto garante impunidade.

Os erros vão continuar. O que se pode fazer? Pedir para os inimigos dos norte-americanos se entregarem. É a única lógica que resta para a humanidade.

Recomenda-se a leitura do livro “Planeta Louco, Humanidade Desumana, Nova Constituição do Planeta Terra”. Os temas expostos são oportunos. Aborda princípios, valores, compromissos, desafios, direitos. Questiona atitudes, responsabilidades. Desafia a criatividade, o bom senso, o equilíbrio.

Matar a humanidade desgraçada é lícito. Ninguém vê, ninguém fala, ninguém ouve.

Transformar suspeitas em sentenças definitivas também é lítico. Os tribunais são dispensáveis. Tomar posse de países também é lícito. Basta alegar para a mídia a suspeita de armas de destruição em massa. Comprar traições também é lícito.

Afinal está em jogo o bem da humanidade. Tomar para si as riquezas dos inimigos também é lícito. É espólio que cabe ao mais forte. O petróleo do Iraque agora pertence a ex-empresa do atual vice dos Estados Unidos.

A defesa dos que matam acidentalmente é muito fácil. Basta comparar a nobreza da causa em questão. A humanidade é livre para escolher: a salvação está do lado dos norte-americanos; a perdição engloba o resto. O lado do povo bom pode produzir armas de destruição em massa, pode invadir qualquer lugar do planeta, pode cometer erros mesmo que signifiquem a morte de inocentes. O outro lado é o mal. Não compensa.

Orquiza, José Roberto

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