A Porta da Segurança

A história da humanidade é rica em reações inesperadas. Exemplos: muro de Berlim, União das Repúblicas Soviéticas, abertura chinesa. Mesmo suspeitando da possibilidade destes acontecimentos, não se imaginava que as respostas fossem tão rápidas e avassaladoras.

Mais cedo ou mais tarde a comunidade internacional vai acordar para a constituição de uma força de paz internacional, esvaziando a corrida armamentista.

No mundo civilizado não existe mais espaço para as guerras desumanas patrocinadas pela insanidade dos donos do mundo.

A ocupação do Iraque é uma afronta ao sistema de segurança internacional. O terrorismo deixou de ser o principal inimigo. A maior ameaça é o poderio extemporâneo dos norte-americanos, capazes de criar falsos pretextos e passar por cima de todas as convenções de bom senso.

Por este motivo, a única defesa dos países ameaçados é o desenvolvimento urgente de armas nucleares. Para confrontar o dono do mundo resta a estratégia da loucura máxima.

Os controles e tratados para a redução de armas táticas são infrutíferos. Não há credibilidade entre os parceiros. Mesmo com a redução do número de artefatos, os norte-americanos desenvolveram a terceira geração de bombas atômicas.

Os artefatos produzidos na segunda geração, no início da década de 90, tinham validade para 15 anos. Os novos artefatos mantêm o seu poder destrutivo por 25 anos. São menores, mais consistentes, mais confiáveis, mais arrasadoras.

Os tratados não conseguem controlar a produção destes tipos de artefatos na ocorrência de um conflito desproporcional. Significa que as boas intenções, por melhor que sejam, não valem nada.

Quem não desenvolver a bomba fica para trás, permitindo uma vulnerabilidade perversa como a ocorrida no Iraque. As forças da coalizão e suas tecnologias de destruição em massa são brutalmente exageradas e desproporcionais.

Por sua vez, as nações unidas apenas protegem os interesses dos donos do mundo. Provaram toda fragilidade no episódio do Iraque. Perderam o crédito internacional há muito tempo. Emitiram um rol de resoluções recriminando Israel. Sob a salvaguarda norte americana, todas foram acintosamente descumpridas.

O direito de veto, herança do espólio da segunda guerra, não tem mais qualquer sentido. Se existe democracia, os países devem ter direitos e deveres similares.

A força internacional de paz é fundamental para preservar o equilíbrio no planeta. Sua função prioritária é interromper a corrida armamentista no sentido de preservar o bem-estar da humanidade. Em hipótese alguma pode sair matando e assassinando pessoas inocentes a exemplo do que ocorre no Iraque. Em hipótese alguma pode destruir os patrimônios da humanidade ou provocar desequilíbrio sócio ambientais.

Está na hora dos países começarem a pensar em uma Nova Constituição para o Planeta Terra. Está na hora da humanidade despertar para a promoção da igualdade, da justiça social, reduzindo o desequilíbrio entre ricos e pobres. Está na hora do planeta retomar a revolução humana.

Os anseios dos povos predominam sobre as loucuras dos que querem unicamente preservar seus interesses egoístas e mesquinhos.

A porta da segurança está aberta. É uma questão de tempo. Ainda bem.

Orquiza, José Roberto escritor [email protected]

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