Hipocrisia nuclear

Em 1945 os norte-americanos assombraram o mundo exterminando com a população civil de Nagasaki e Hiroshima. A decisão de assassinarem inocentes perdura no Iraque. Junto com o Reino Unido, França, União Soviética e China, os norte-americanos foram titulados os guardiões da paz. É uma grande ironia para quem lutou nas Coréias, no Vietnã, no Oriente Médio, no Afeganistão, no Iraque entre inúmeros outros exemplos notórios. Parecem mais guardiões da morte.

Em 1949 a União Soviética entrou para o rol dos países nucleares. Em 1952 foi a vez do Reino Unido. Em 1960, a França. Em 1964, a China. Em 1986, Israel. Em 1998, Índia e Paquistão. Em 2005, a Coréia do Norte.

Em 1995, admitiam publicamente um poder nuclear de 3.500 ogivas tanto para os norte-americanos como russos, 256 para os ingleses, 402 para os franceses e 72 para os chineses.

Desde o começo da história da bomba atômica, os que entravam para este clube faziam de tudo para limitar o acesso dos demais.

A hipocrisia é fantástica. Todos os detentores desta tecnologia mortal estão correndo para ultrapassar a terceira geração que os norte-americanos estão implantando em seus arsenais. É importante perceber que o grupo de nações donas das armas de destruição em massa, enquanto limita o acesso de potenciais loucos, trabalha em surdina para desenvolver mais e mais poder exterminador.

Para ingressar neste clube fechado é necessário de um lado, dominar a balística de mísseis de médio e longo alcance e de outro lado, conseguir o enriquecimento do urânio.

Físicos, químicos e engenheiros do mundo inteiro, pela profusão do conhecimento e tecnologia, dominam experimentos virtuais em um campo terrivelmente assustador. Os vetores desta brincadeira que transformam estados ou nações em potenciais terroristas de largo espectro passam por quatro áreas: química, biológica, radiológica e nuclear.

Os donos do mundo fabricam a morte em massa, sem qualquer vergonha ou pudor. Falam em paz, democracia, liberdade. Disseminam a discriminação, escravidão, pobreza. Posicionam-se de mocinhos, salvadores de mundo. Na verdade causam inveja para qualquer diabo.

Onde fica a humanidade, a paz, o equilíbrio, a convivência harmônica? São aberrações do homo predator.

Os hominídeos conquistaram tudo. Inclusive o poder da autodestruição. A inteligência é irmã da sandice. A bondade, da maldade. A sanidade, da loucura.

Quem garante o equilíbrio dos fabricantes de armas de destruição em massa? As nações unidas? Os países de primeiro mundo? As instituições internacionais?

Nossos guardiões querem nossas vidas. Alguém precisa pedir socorro. O tempo para salvar o planeta está se esvaindo rapidamente.

Orquiza, José Roberto escritor [email protected]

Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter

Author`s name Pravda.Ru Jornal
X