900 Bilhões para matar a humanidade

Sob um ângulo ameno, toda esta montanha de dinheiro está direcionada para promover a defesa.

A realidade é contundente: o destino deste dinheiro é matar boa parte da humanidade.

Trata-se de um sofisma agressivo: os bons eliminam os maus. Ou os poderosos eliminam os fracos. Ou os bárbaros conquistam tudo o que desejam.

A interpretação depende do ponto de vista.

O mais estranho é que o montante supera o que o mundo inteiro gasta em educação ou saúde. Conclusão óbvia: o homem é inimigo do próprio homem.

A desproporção deixa claro que ninguém está interessado em construir, em promover a melhoria de qualidade, em incluir as pessoas na vida social, política, econômica e humana.

O real interesse é preservar o padrão adquirido pelos mandantes.

Onde fica a democracia? Onde fica a liberdade, a fraternidade, a igualdade?

Esses valores são meras roupagens, parte de uma grande encenação. O cenário faz inveja aos gênios.

O valor representa 150 dólares por cada um dos mais de 6 bilhões de viventes do planeta.

Cada norte-americano gasta 1,361 dólares por ano. Cada judeu, 1,709. Os norte-americanos representam 46,31% de todo investimento militar do mundo.

Parece pouco? Calcule o gasto anual por uma família de 3,2 pessoas. Equivale a 4,355 dólares para cada família norte-americana e 5,468 para cada família judia. Estes valores revelam a consideração humana destes países.

O desequilíbrio é gritante no Kuwait com 1,727 dólares per capita, no United Arab Emirates com 1,228 dólares, em Singapura com 1,102 dólares. A Noruega vem logo a seguir com 831 dólares. O que amedronta esta gente?

Quem são os inimigos destas sociedades?

Estão voltados para a defesa de seu país ou para o extermínio dos oponentes?

O impacto do investimento militar revela a realidade nua e crua do ser humano. Os senhores do mundo querem mandar, subjugar, dominar, escravizar o planeta.

Por trás do extermínio da humanidade estão gigantescos interesses econômicos e políticos. Sem ética. Sem julgamento. Sem limite.

O mundo permanece calado, tacitamente consentindo com a barbárie.

Onde estão os defensores dos direitos humanos? Onde estão as religiões? Onde estão os homens de bem e paz? Onde estão os juristas e pensadores?

Na verdade, cada um cuida de si próprio. E o resto, que se exploda.

Imaginem os novos armamentos que os próprios humanos conseguem inventar para exterminar a própria raça.

As empresas norte-americanas, fornecedoras de armamentos militares, ganham fortunas inventando armas de destruição em massa para os senhores da guerra.

Deve ser muito bom trabalhar no segmento.

O futuro promete muito mais.

Orquiza José Roberto escritor [email protected]

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