A POLÍTICA EXTERNA DE BUSH E O 11 DE SETEMBRO

O país não quis se comprometer por questões econômicas. Essa posição dos EUA de não ratificar os acordos ambientais, seria o começo da desastrosa política externa da administração Bush.

Todos sabem que os EUA é uma superpotência capitalista, ninguém ousa a desprezar o poderio econômico e militar que o país representa. Por muitos anos, a economia forte americana, seus avanços militares e tecnológicos e suas conquistas sociais, geraram fatores determinantes para o país impor sua grandeza e influência. Porém, ainda faltava uma questão essencial para os EUA ser de fato uma grande potência: A política externa.

O país deixou seu casulo a partir do século XX, a participação americana na primeira e na segunda guerra mundial, guerra fria e suas intervenções nos países da América Latina, foi decisivo para conquistar aliados e dividir o mundo em uma zona de influência bipolar junto com a URSS. Durante esse retrospecto, o país investiu em uma política externa bem resolvida e atraente, em grande parte, responsável pelo êxito americano no mundo.

A atual administração Bush, se evolveu numa política diplomática com pouca diplomacia, apresentando uma abordagem simplista para fácil consumo: nós e eles, uma política externa obscura e que vevará os EUA eventualmente a voltar a assumir um caráter isolacionista.

Essa política de isolamento prosseguiu até o 11/09. O país levou um choque, foi preciso rever posições anteriores e costurar acordos diplomáticos. Isso era necessário para obter apoio de países aliados, na guerra contra o terrorismo. A política externa dos EUA continuou cometendo novos equívocos ao tomar decisões arbitrárias e unilaterais que ruiu o meio diplomático e mancharam o conceito de democracia; invadir o Afeganistão, guerrear contra o Iraque e ocupar ilegalmente o país, ameaçar a Coréia do Norte, a Síria e o Irã e continuar apoiando Israel ao massacre da população palestina. Para fechar com chave de Ouro: dividir a UE em dois blocos; um de apoio aos EUA e o outro em oposição.

Com apenas um exemplo analisemos o caso do Iraque: Os EUA sentiram a pressão da opinião publica sobre a falha da inteligência americana (CIA), no caso do 11 de setembro. Todos queriam respostas para justificar o ato terrorista. Os americanos se mobilizaram para cobrar do governo Bush…justiça.

Segundo os EUA, o autor dos atentados é o saudita, Osama Bin Laden. Osama Bin Laden, foi treinado pela CIA e recebeu apoio financeiro e militar do governo dos EUA para expulsar os soviéticos do Afeganistão. Na época, Osama Bin Laden, era visto como um guerreiro da liberdade lutando contra o urso soviético. Osama Bin Laden faz parte do grupo extremista, Al Qaeda, fora os outros grupos terroristas que o saudita apóia com uma ajuda militar e financeira. A Al Qaeda, também possuí um exército de mártires prontos para executar atentados em todo o mundo.

No mês de outubro de 2002, os EUA começaram a traçar seus planos para uma nova política externa que tinha por objetivo controlar, agora, a região do Oriente Médio e estender seu domínio até a Eurásia. Por isso a invasão ao Afeganistão foi necessária. Essa era a primeira parte do esquema que envolve bilhões de dólares, monopólio sobre o petróleo mundial e guerras estratégicas. Isso só foi possível com o 11 de setembro. Já no mês de dezembro do mesmo ano, os EUA continuaram a segunda parte do “esquema”. O país levantou acusações contra o regime iraquiano de Saddam Hussein, se valendo de fontes que o Iraque produzia armas de destruição em massa, que seriam usadas possivelmente em ataques contra os EUA.

O argumento foi um absurdo: os árabes fizeram o 11/09. Saddam é um árabe. Por isso, tem de ser derrubado. De facto Saddam Hussein foi o primeiro líder árabe a oferecer suas condolências aos EUA depois do ataque contra as Torres Gémeas.

Os EUA pressionaram o Iraque, mas Sadam não deixou o poder. Em março de 2003, os EUA invadiram o Iraque, chacinaram milhares de civis, fora os aleijados e feridos. O Iraque está à beira do colapso, com a falta de água, energia, alimentos, saúde, escolas. Os EUA só não esperavam que a resistência iraquiana fosse uma “dor de cabeça”. Desde que começou a guerra no Iraque, o pentágono admitiu 98 baixas americanas. Este número é questionável, as baixas são bem maiores.

A política externa de Bush, foi a das mais incompetentes e fracassadas da história. Todos os dias novas peças do quebra-cabeça envolvendo o 11/09 e o governo dos EUA são descobertas e encaixadas no contexto mundial atual. Não há dúvidas da farsa montada pelo governo dos EUA e a CIA.

Agora, resta apenas uma pergunta: Qual era o objetivo dos EUA com o 11 de setembro? Vamos apresentar alguns pontos:

. Osama bin Laden, sempre foi um agente da CIA, usado para combater os soviéticos e para realizar os ataques terroristas no 11/09?? . George Bush, foi eleito em um esquema de eleição duvidoso, ninguém sabe de fato, até hoje o que aconteceu na eleição presidencial americana em 2000.

. A campanha de Bush, foi financiada pelas industrias de armas, por isso Bush quando assumiu o poder queria por em prática o tal projeto “Star Wars”, que derrubaria qualquer míssil inimigo e que seria o maior e o mais caro programa militar da história.

. A maioria dos trabalhadores das torres eram imigrantes.

Depois do 11 de setembro, os EUA começaram uma política de ódio e intolerância aos imigrantes.Vários imigrantes são perseguidos e outros são barrados quando chegam aos aeroportos do país. Os EUA criaram leis mais rígidas para os estrangeiros. Todos sabem que os EUA é um país racista. Por isso, o 11/09 serviu para conter o grande número de estrangeiros que o país recebia todos os anos. . A política econômica americana estava apresentando o pior déficit da história. . George Bush, nunca foi de fato, respeitado como presidente dos EUA, o caipira do Texas era alvo de insultos e gozações, com o 11/09, o baby bush finalmente pode mostrar a todos que aquela imagem caipira não condizia com ele.

. Os EUA importam petróleo, o pais não é auto suficiente, para o país continuar com sua importância no mundo, o petróleo na economia é essencial, por isso a invasão ao Afeganistão, ao Iraque e as ameaças ao Irã e a Síria. Os EUA querem dominar a região do Oriente Médio, para ter o controle absoluto do petróleo mundial e do gás do Oriente Médio.

. O Afeganistão é um país estratégico entre o Oriente Médio e Ásia Central, é o melhor localizado para fazer a rota do petróleo e do gás.

. Os EUA invadiram o Iraque, porque o país é o segundo maior produtor de petróleo do mundo, atrás apenas da Arábia Saudita.

. Os EUA querem expandir seu domínio pela Eurásia, atingir o círculo de influência da Rússia, em países como Uzbequistão, Tadjquistão, que também são ricos em petróleo.

. O Euro (moeda européia) estava fazendo frente ao dólar americano, além do mais a UE pretende unificar toda a Europa, até os países do Leste Europeu. Não seria impossível se mais tarde a CEI, o bloco do qual a Rússia faz parte criassem um único bloco, acabando assim com a hegemonia americana. Com a guerra ao Iraque os

EUA racharam a UE em duas zonas de influência: uma aliada dos EUA e a outra opositora. . Bush usou os atentados para uma possível reeleição em 2004.

Michele MATOS

Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter

Author`s name Pravda.Ru Jornal
X