CRISE DE CREDIBILIDADE

O Tratado da Não Proliferação de Armas Nucleares de 1968, assinado por 188 nações, dependia essencialmente do exemplo de seus principais patrocinadores: Rússia, Estados Unidos e Reino Unido.

A Rússia da época foi desmembrada e hoje constitui uma nova realidade. Sua luta é contra a forte tendência separatista dos povos. Fica cada vez mais difícil uma federação atender o jogo de interesses de componentes diversos.

Estados Unidos e Reino Unido permaneceram estáveis quanto à sua configuração geopolítica. No entanto provam desequilíbrios gritantes, flagrantes e patentes.

A mentira contada ao mundo inteiro para justificar a invasão ao Iraque sob a acusação de desenvolvimento de armas de destruição em massa testemunha a forte crise de valores destes dois senhores do planeta.

O abuso de prisioneiros de guerra em Guantânamo, Afeganistão, Kuwait e Iraque tanto por americanos e ingleses derrubaram a essência da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

A utilização de mísseis balísticos e armamento de destruição em massa conflitam com o Tratado da Não Proliferação de Armas Nucleares. Ao mesmo tempo, os americanos estão desenvolvendo uma nova geração de bombas nucleares chamadas de warheads. Serão muito mais destrutivas, muito mais mortíferas, muito mais assassinas, com mais durabilidade e confiabilidade.

Este tipo de armamento tem sua vida útil entre 15 e 20 anos. A partir desta idade, a curva de riscos é acentuada tanto para o agressor como para o agredido. A atual geração de bombas dos norte-americanos foi produzida no início dos anos 90. Está na hora de uma nova produção.

O maior problema não se situa na produção de armamento nuclear altamente sigiloso por parte dos patrocinadores da grande brincadeira e fiscalização ferrenha dos ameaçados pelo grande império. O maior problema está na quebra de princípio.

O mundo inteiro é testemunha da política expansionista dos donos do universo. A reação após a queda das torres gêmeas prova a grande imaturidade da falsa democracia americana. Estamos assistindo a raiva retaliadora de quem deveria por princípio, preservar o estado de direito.

Antes de ser condenado, perseguido, caçado, qualquer cidadão do mundo deve ser julgado por um tribunal imparcial e independente. O poder judiciário internacional precisa ser o alicerce da convivência em humanidade.

Quando era conveniente, os americanos eram amigos e parceiros de Bin Laden e Sadam Hussein. Patrocinavam suas guerras. Na verdade os americanos são amigos de seus próprios interesses e mais ninguém. São patrocinados pela indústria bélica e petrolífera. Não fazem nada para despoluir o planeta. Não fazem nada para incluir os excluídos. Não conseguem perceber o drama dos 4,3 bilhões de excluídos.

A Coréia do Norte confessa que possui armamento nuclear. Já fez provas de mísseis balísticos e domina o enriquecimento do urânio. Trata-se de um pressuposto perigoso. Como vão reagir os donos do mundo? Com bom-senso? Com inteligência? Com humanidade? Com equilíbrio? Ou com raiva?

Os humanos precisam salvar a pouca humanidade que resta.

Quem pode ajudar? Orquiza, José Roberto escritor [email protected]

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