G8 – A ver se a gente se entende

Criticado por alguns como “O clube dos ricos”, as reuniões do G8 são de facto uma boa oportunidade para os líderes dos países mais industrializados falarem sobre uma variedade de assuntos sem as restrições impostas em eventos mais específicos, por exemplo sobre o ambiente ou sobre doações no evento duma crise específica.

Nesta reunião, os líderes da Federação Russa, dos Estados Unidos da América, da Alemanha, da França, do Reino Unido, Itália, Canadá e Japão irão discutir vários documentos, entre os quais “Médio Oriente e Norte de África”.

Será uma boa oportunidade para os membros deste Grupo explicarem a Washington que a diplomacia internacional não se faz por grupos de pressão, erros graves e depois donativos e paliativos para diminuir os efeitos destes.

Por exemplo, depois do acto de chacina perpetrado pelos Estados Unidos da América no Iraque, vem a proposta (cínica) (por Washington) para um fundo de cem milhões de dólares para a região do Médio Oriente e Norte de África.

Depois dos EUA terem gasto 200 mil milhões de dólares na guerra no Iraque, faz algum sentido os outros membros do G8 financiarem um fundo que constitui uma vigésima parte desta quantia, especialmente quando os países desta região têm recursos suficientes para fazer cobertura às necessidades?

Por isso, os restantes sete membros dos G8 não estão dispostos a contribuir, nem o aliado fiel dos EUA, o Reino Unido. Washington não consegue comunicar com o resto da comunidade internacional, isolou-se e pagará o preço, tal como a República da Jugoslávia, Afeganistão e Iraque, cujas missões diplomáticas não conseguiram evitar o isolamento.

Que irónico, os três “diabos” de Washington ensinam o carrasco (casmurro) sobre como não deve agir. Nem assim o Bush aprendeu. Chega a altura para uma mudança de regime, como Bush gosta de dizer.

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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