PT: cai a máscara dos falsos socialistas

O baile da mentira finalmente acabou no Brasil. Protegidos por uma máscara com a qual ocultaram a sua real identidade durante muito tempo, os falsos socialistas já se livraram do incômodo peso que os oprimia. Para eles, não existe mais a necessidade de combater moinhos de vento nem qualquer outro inimigo de forma teatral.

Com razão o Partido dos Trabalhadores (PT) caiu em desgraça. A maioria de seus próceres se escondeu na casa da árvore e ali construiu uma espécie de Clube do Bolinha, onde quem anseia por uma sociedade bem melhor seguramente não entra. Agora já se sabe que o projeto que colocaram no papel era apenas uma estratégia de marketing para atingir seus reais objetivos, um pálido esboço do que viria a ser a mudança tão sonhada pelos brasileiros.

Depois de terminado o baile e retiradas as máscaras chegou-se à verdade, fotografia em preto e branco que jamais poderá ser alterada. O tão propalado anúncio de que seriam criados 10 milhões de empregos nunca foi e nem jamais será cumprido. A violência no campo cresce a cada dia porque simplesmente não há nenhum interesse em se fazer a reforma agrária, problema que não é difícil de resolver, bastando-se apenas desapropriar as terras improdutivas.

Sozinho fez mais o teólogo Leonardo Boff (ex-franciscano) com a sua Teologia da Libertação do que todos os pseudo-socialistas que cresceram como erva daninha à sombra da ditadura. Estes perderam o brio, a chama da vitória, a moral.

Ao abrir da boca do deputado Roberto Jefferson (PTB) todos os moralistas de carteirinha ficaram mudos. Os falsos socialistas que nos tempos do regime militar clamavam por mudanças nas portas de fábrica, reuniões de boteco e manifestações estudantis, abandonaram também a pregação marketeira que pedia maior liberdade de imprensa para propor um conselho que iria perseguir sem tréguas todos os jornalistas, conselho elaborado na calada da noite e que, com certeza, provocaria a inveja até mesmo do próprio Maquiavel.

Durante sucessivas campanhas e até chegarem a vitória, que aconteceu finalmente depois de 20 anos, os falsos socialistas do PT criticaram o modelo econômico pedindo urgentes reformas que eles agora deixam de lado. Deploraram a política neoliberal de Fernando Henrique Cardoso mas praticam também o uso de juros escorchantes, abrindo a porta em demasia para os capitalistas estrangeiros que só enriquecem no país e pouco ou quase nada dão em troca. Escancaradas as portas da casa do presidente e de seus fiéis seguidores, descobriu-se que havia muita coisa de podre no Reino da Fantasia do Palácio do Planalto. Nenhuma providência foi tomada para apurar as denúncias que explodiam todo dia na mídia e na porta de entrada do Clube do Bolinha, que por decisão de sua diretoria imediatamente foi fechado para balanço.

Num lance de ingenuidade (ou quem sabe cinismo?) o presidente Luis Inácio Lula da Silva jurou de pés juntos que não sabia de nada, mesmo diante das provas que assustaram toda a nação.

Foi nesse momento que -felizmente- separou-se o joio do trigo. Os poucos que estavam no partido e tinham esperança começaram a abandonar o barco, decepcionados com Lula e seus mal intencionados companheiros de clube. A ala majoritária do PT ainda comanda esse barco, fecha-se um cerco de apoio em torno do capitão mas as avarias no casco são muito grandes e não há nenhuma previsão de que essa embarcação chegue segura no porto. Não há mais o que fazer. Apagadas as luzes, e retiradas as máscaras, todo o Brasil agora já sabe quem são esses falsos socialistas.

Gérson Siqueira é jornalista em São Paulo, Brasil. Colabora com vários jornais e revistas, é membro da ABI- Associação Brasileira de Imprensa e fundador da Unijor-União Nacional de Jornalistas. Contatos: [email protected].

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