Tragédia em Beslan: Lições a aprender

Lição Número 1: Organização

Aconteceu o insólito em Beslan: os pais e familiares das crianças detidas como reféns tinham ido buscar suas armas para entrarem em acção, ou formando um círculo para impedir o escape dos terroristas ou, de acordo com algumas fontes no local, para entrarem nos edifícios a força.

Quando as primeiras duas bombas rebentaram, eles foram os primeiros a irem a correr para socorrer as crianças e as forças especiais só podiam correr atrás dos civis. Perderam a vantagem de agir com velocidade porque os “milícia” locais impediram o trabalho dos peritos.

Teria sido impossível desarmar esses civis sem causar uma batalha campal, mas poderiam ter sido utilizado com mais inteligência, formando um círculo de segurança exterior.

No futuro, se tal situação ocorrer, seria bom também distribuir insígnia especial para diferenciar entre civis e terroristas no meio duma batalha.

Lição Número 2: Hospitais de campo são mais rápidos que ambulâncias

Deveriam ter sido tratados as vítimas no local em hospitais de campo em vez de terem sido levados a hospitais?

Muitos médicos consideram que um hospital de campo, ou vários hospitais, seriam muito mais úteis que uma frota de ambulâncias, que muitas vezes servem de táxis, ou táxis em muitos casos servem de ambulâncias.

No caso de Beslan, muitas crianças foram levadas aos hospitais em carros particulares, enquanto outras foram tratadas no hospital de campo, para receberem os primeiros socorros e depois foram levados ao hospital.

As vidas de dúzias de pessoas foram salvas desta maneira.

Lição Número 3: Evitar ser refém

Esta lição tem mais a ver com cidadãos comuns do que com as forças especiais. Peritos dizem que a melhor maneira de evitar ser tomado refém é tentar evitar ser no primeiro grupo de pessoas capturadas, no início, quando os terroristas não têm tudo sob seu controlo.

“Em tais situações quando sente que está em perigo de ser tomado refém, deixar a zona de emergência,” diz um panfleto anti-terrorismo do Estado. As 50 pessoas que conseguiram escapar desta zona em Beslan no dia 1 de Setembro são prova disso. Se bem que há um risco de levar um tiro disparado por um terrorista, a hipótese de ser alvejado ou morto depois é muito maior.

Lição Número 4: As nossas forças especiais precisam de aprender novas técnicas

Os terroristas aprendem bem. Ajustam-se e conseguem prever o próximo passo das forças especiais. Por isso, nunca deve ser do conhecimento do público qualquer informação sobre os nossos militares, que deveria permanecer segredo do estado.

Há também que desenvolver métodos novos para combater o terrorismo.

Konstantin Getmansky

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