Desespero

Esse desespero é devido a vários factores: à economia, à política, áa arte, à imprensa (queria-lhe chamar de literatura mas infelizmente não posso)...enfim. Mas existe um pensamento, tal e qual exacto ao meu, que ultimamente tem crescido cada vez mais mas continua a representar pouco mais de 0,8% da nossa população que pode levar ao fim o desespero que reina nas terras portuguesas, se todos nós, PORTUGUESES, fizermos um esforço.

Esse pensamento consiste apenas num único e nuclear aspecto: a educação.

Para levar este pensamento ao sucesso basta fazer certas coisas:

1.O governo português devia impor nas escolas uma disciplina que consistisse em educar os alunos refinando-lhes o gosto pela arte, pela literatura e pela cultura. É verdade que os alunos são obrigados a ler "Os Maias" e "Os Lusíadas", mas isso de pouco ou nada serve porque a maioria dos alunos que acabam o liceu, e até mesmo aqueles que se formam, apenas lêem "A Bola"...

Com o gosto refinado para a literatura, para a cultura e para a arte os alunos iriam então conhecer escritores como Gabriel Garcia Marquez, Jorge Luís Borges, Émile Zola, Victor Hugo, Ernest Hemmingway; com uma cultura de arte mais desenvolvida, os alunos teriam chances de conhecer pintores como Monet, Manet, Van Gogh e escultores como Rodin e Lalique.

Estes conhecimentos, que à partida parecem de que nada irão servir na nossa vida futura são de facto portas que se vão abrindo afim de melhorar as nossas perspectivas e vidas futuras.

2.No seio de cada família deveria sempre haver um jantar ou um almoço, ou até uma simples reunião familiar onde cada membro teria algum tempo para expor um conhecimento, ou uma história de um livro lido para que toda a família se sinta bem com ela mesmo criando assim um forte núcleo de cultura, que os mais novos iriam sempre alimentar cada vez mais e partilhando na escola os seus conhecimentos adquiridos em casa.

Isto levaria a um Portugal mais conhecedor do mundo que nos rodeia em termos culturais e interessantes em vez de um Portugal que apenas se preocupa com o Benfica e o Porto.

Devem agora perguntarem-se o porquê desta minha crónica em relação ao desespero que reina em Portugal. Eu explico porquê.

Como bons portugueses, de certeza que se lembram do grandioso e vasto império português que em tempos foi o mais invejado do mundo; de certeza que se lembram e sentem orgulho de pertencer ao povo que ganhou um prémio Nobel da literatura, ganho por Saramago, e um prémio Nobel da medicina, ganho por Egas Moniz. Pois eu sei que se lembram porque foram de facto tempos fora-de-série e pessoas que marcaram todo o mundo e especialmente a nossa grande nação.

Mas será que o povo português está ciente de que estes bons resultados acontecem sem um minímo de esforço? Penso que não.

Para terem a noção da mediocridade do povo que hoje habita Portugal eis a descrição de um dia de um português:

1. Às sete da manhã acorda para ir para o trabalho no restaurante que conseguiu através de uma cunha. 2.Às dez da manhã, hora da pausa matinal, corre para um papelaria para comprar...."A Bola".

3.Depois de um dia exaustivo de trabalho(servir e lavar pratos),chega a casa e põe-se a ver o telejornal de desporto para saber das últimas do Benfica e do Sporting seguido de uma cerveja.

4.Vai para a cama dormir a desejar ansiosamente que o campeonato comece o mais rápido possível.

Isto é um dia que levam milhares de portugueses o que conduz a uma falha económica terrível, porque o português típico de hoje em dia não tira o curso, isto leva a uma cultura super opaca à qual nem cultura superficial se pode chamar. Isto conduz ao descontentamento nacional, e se Portugal não reagir, muito dificilmente será outra vez o GRANDE império que outrora foi...

Por favor, levem as minhas palavras a sério, não porque fui que escrevi, mas sim para benefício da nossa nação, porque de facto vive à beira do abismo, porque Portugal está em desespero. Se seguirem os conselhos que eu mencionei, e se tiverem outros, de certeza que Portugal agradecerá!

Com a sua dedicação encaminhará Portugal para a solução.

Gilberto Jacinto

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