VIVO OU MORTO

Os americanos lutam por símbolos. Revelam um grande temor em pensar, analisar, criticar, avaliar, compreender. Crêem que o mundo deva ser do jeito que eles pensam e querem.

Sem seus símbolos, os americanos competem com os idiotas.

Alguém precisa dizer aos nobres donos do mundo que as idéias não podem ser compradas. Podem comprar milhões de Bin Laden que a luta pela liberdade vai continuar. Não é um homem, um nome, uma figura, um símbolo que expressa o conteúdo gritante da compreensão pela diversidade, pela capacidade de diálogo, pela maturidade, pelo bom senso, pela valorização da humanidade.

Neste momento as forças americanas estão se dirigindo em massa para a Coréia do Sul. O filme é a Coréia Dois. Não foi suficiente o Iraque Dois.

A Coréia do Norte possui um milhão e meio de soldados capacitados para o exercício da guerra. Os 33 mil norte-americanos, mesmo com toda parafernália tecnológica no processo comparativo são insignificantes.

Querem um novo tsunami para competir com a natureza. Alegam a defesa da Coréia do Sul. É mentira. Os americanos nunca estiveram preocupados com nenhum povo do mundo. Não respeitam os direitos humanos. Não consideram as legislações internacionais.

Transformaram o mundo em um grande balcão de negócios e interesses. O grande jogo agora é a ameaça do poder nuclear. Trata-se de uma área vergonhosa, dominada pelos senhores do mundo.

Possuem mais de 6 mil ogivas táticas nucleares capazes de exterminar mais da metade da população do planeta. Tudo isto retrata simplesmente a realidade aparente. Na verdade, os americanos podem fabricar quantas ogivas nucleares desejarem. Dispõem de urânio e plutônio suficientes para mais de 60 mil ogivas.

Onde está a inteligência?

O mundo precisa urgentemente se desarmar.

Definitivamente os terroristas não representam o maior perigo do mundo. O maior problema é o terror do Estado. Que pode invadir quando bem entender. Que pode exterminar quem bem desejar. Que pode determinar a reação dos demais. Que pode falar em democracia e aplicar a força do império.

O mundo precisa urgentemente de uma nova constituição, totalmente fora dos conceitos viciados das nações unidas, mero jogo de cenário dos senhores do mundo.

Ou será que os donos do mundo querem transformar o planeta em seu jardim?

O valor ofertado pelo símbolo do Bin Laden, vivo ou morto, não vai alterar a história. Um bilhão ou um trilhão de dólares não consegue comprar a luta pela liberdade. A maior prova disto é o sacrifico de milhares de homens bombas, que se explodem não pelo interesse próprio. Eles se explodem para defender os que ficaram. Eles se imolam para melhorar a vida daqueles que amam. Ou será que alguém paga 50 milhões de dólares para eles se explodirem?

Pensar não dói. Ao contrário, faz bem para a saúde.

Orquiza, José Roberto escritor [email protected]

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