QUEM MANDA NO IRAQUE?

A verdade é que o presidente dos Estados Unidos da América manda e desmanda no Iraque. Ele quer as eleições para o dia 30 de janeiro próximo.

Objetivo fundamental: provar seu poderio. Para isto está enviando mais 35 mil homens para compor as forças da ocupação.

Qual é o problema a ser resolvido?

Mostrar para o mundo inteiro que os norte-americanos compreendem perfeitamente como se deve desenvolver qualquer país do planeta.

Trata-se de uma eleição sem pé nem cabeça. De qualquer forma, os iraquianos continuarão ocupados, dominados, subjugados.

Os argumentos de democracia, liberdade, autonomia não atendem aos desejos verdadeiros do povo iraquiano. Seus atuais mandantes prestam serviço para as forças da ocupação. Qual é o compromisso com o povo?

Inicialmente juravam a tese de que o Iraque produzia armas de destruição em massa. Não conseguiram encontrar nenhum resquício, nenhuma verdade, nenhum possível perigo.

Em seguida sentenciaram o governo Sadam Hussein como inepto, maldito, imperialista, absolutista e por aí afora. O engraçado é que os norte-americanos, antes da primeira guerra do golfo, eram amigos íntimos do Sadam. Na guerra Iraque versus Irã abasteceram militarmente e economicamente o regime agora ocupado.

Depois da invasão do Kuwait, o jogo de interesses se alterou. O assassinato dos curdos ocorreu em tempo de bela amizade com o Tio Sam.

Qual é o verdadeiro motivo da virada de mesa?

Provavelmente interesses estratégicos em relação ao posicionamento militar e econômico no Oriente Médio.

Como a ocupação está tão mal contada, a saída é transformar o Iraque em uma democracia forçada e obrigada.

Considerando a legislação internacional a força de coalizão está invadindo um país membro das Nações Unidas. Na invasão, destruiu bens materiais de grande monta, fez chover armas de destruição em massa, aparentemente de efeito preciso e cirúrgico, causou a morte de mais de 120 mil civis e 30 mil militares, exterminou e extermina simpatizantes do Sadam, agride os direitos humanos e assim em diante.

Até onde o governo Bush pretende levar sua aventura?

O mundo civilizado não pode fazer nada. Engole seco as soluções ditatoriais. Quem é mesmo o ditador?

Realmente os Estados Unidos da América entendem muito de liberdade, direitos humanos, democracia, respeito, valorização, humanidade.

O mundo inteiro aprenderá uma bela lição de democracia com a próxima eleição do dia 30. O povo iraquiano está super feliz com os soldados do Senhor do Mundo. Parece que adoram seus libertadores como pregavam Bush, Blair e Aznar.

De fato, são benquistos e bem-vindos. Santa ironia, como diziam Batman e Robin.

A humanidade precisa avaliar seus princípios, seus valores, seus desafios, seus direitos e posicionamentos. A maioria está excluída. Somam 4 bilhões e 300 milhões de humanos.

A minoria incluída ainda acredita em papai-noel.

Por inteligência, ou por bom senso, ou por sabedoria não está no momento de parar o planeta para uma avaliação total?

Orquiza, José Roberto escritor [email protected]

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