PODE MATAR, NINGUÉM VÊ

O Estado de Israel comete assassinatos habituais. Quem concede o direito de a cada ação terrorista, o governo praticar ataques indiscriminados contra o povo, matando crianças, mulheres, senhores que nada tinham a ver com o caso, a não ser morar perto de um possível suspeito?

Quem julga os suspeitos? A polícia secreta? Ou existe algum tribunal superior a todas as instâncias jurídicas?

Não é só Israel que pratica esta ação criminosa. Outros estados, grandes e importantes, agem da mesma forma. Os norte-americanos, na invasão ao Iraque do Sadam pintado de diabo, mataram muitos e muitos inocentes, totalmente indefesos e desprotegidos.

Ninguém vê. Ninguém fala. Ninguém protesta.

As pessoas comuns vivem com o sentimento de que não podem fazer nada mesmo. Se reclamarem, podem ser alvo da insanidade dos poderosos.

Alguns loucos precisam ver, falar, protestar. Adianta alguma coisa? Resolve? Os assassinatos deixam de ser cometidos?

Não. Tudo continua igual. Israel pratica a política do olho por olho, dente por dente. Infelizmente, sua compreensão parou no muro de suas limitações da era das cavernas.

Quando a humanidade vai poder viver com um pouco mais de inteligência? Quem é o agressor? O Estado Israelense ou os terroristas palestinos? Ambos? Um utiliza as mais avançadas tecnologias de destruição do mundo. O outro, implode-se através de pessoas-bomba produzidas artesanalmente.

O ponto crucial desta história é que a agressão contra Israel não parte do Estado Palestino. Não é uma guerra declarada e oficialmente aceita pelo mundo. Como se as guerras pudessem se revestir de justiça, como alegam Bush, Blair, Aznar e seus coligados.

No entanto, Israel insiste que a culpa das pessoas-bomba é da cúpula palestina. Jean-Paul Sartre dizia que o inferno está dentro das nossas cabeças. É verdade.

Continuamos competindo com os ratos e os vermes. Eles são melhores do que nós. Vivem com mais dignidade, mais respeito, mais “humanidade”. Claro. Estou usando uma analogia com o pretenso mundo inteligente da tal raça humana.

A ironia cria um imaginário fantástico. Mal e mal a mulher-bomba, uma advogada, implodiu-se no restaurante, o exército israelense vingou-se destruindo sua casa onde morava seu espírito. Na verdade, assombrações fazem muito mal. Se esta ação corriqueira matou algum inocente, não vem ao caso. Foi uma resposta, a mais inteligente e criativa que encontraram.

Enquanto isso, ninguém vê, ninguém fala, ninguém protesta.

Não é verdade. A voz do mundo, mesmo fraca, está podendo ser ouvida.

Socorro. Socorro. Socorro!

Orquiza, José Roberto 52 anos, consultor de marketing, autor dos livros Jogo da Vitória, Editora Juruá; Dez Lições de Sucesso, Editora Posigraf; Fato ou Boato, Você Decide, Ieditora. Formação: Filosofia e Ciências Econômicas. Especialização: Análise Empresarial. Contato: [email protected]

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