Defendendo Lula

A crise política atingiu uma agudeza crítica. Os meios de comunicação informam com ar de naturalidade a realização de reuniões, jantares, encontros abertos e secretos nas quais a oposição conservadora procura unificar suas vontades e seus punhais com o objetivo liquidar o governo do presidente Lula.

As divergências existentes na oligarquia reacionária, partidariamente representada pelo PSDB e o PFL, recaem sobre os detalhes. Segundo as notícias, uns querem cassar o mandato do presidente, imediatamente, mesmo antes da apuração das denuncias. Outros querem cassá-lo um pouco mais adiante quando supostamente a campanha sórdida que a oposição e a mídia realizam já teria solapado a popularidade de Lula.

Os "moderados", dizem os analistas, querem "sangrá-lo" devagarzinho para tê-lo "como um pato manco e de olho roxo" na disputa de 2006.

Diante de situação tão grave, a defesa do mandato de presidente Lula emerge como a tarefa principal de todos os que integram o campo democrático, patriótico e popular do país.

A arrogância e falsa altivez de uma oligarquia antipatriótica que sempre governou contra o povo não podem intimidar todos quanto tenham compromisso com a democracia em nosso país. Em particular a esquerda brasileira e os que integram o campo popular e progressista devem procurar expressar de diferentes modos que não aceitam as maquinações antidemocráticas e golpistas dessa elite conservadora.

As últimas declarações do presidente Lula proclamando que se não se curvará à investida das elites emitem uma mensagem política de que o presidente da República está disposto a lutar e defender o mandato que lhe foi conferido por 52 milhões de brasileiros.

E quem assim se pronuncia não é uma autoridade desmoralizada. Uma pesquisa de sondagem da opinião pública realizada pelo Datafolha, divulgada no domingo, 24 de julho, apesar de indicar uma oscilação para baixo, atesta uma razoável popularidade do presidente Lula. Isso depois de mais 60 dias de ataque cerrado ao seu governo e à sua reputação.

Não se depõe um presidente eleito pelo povo, com a história de Lula e com o leque de forças políticas que o apóiam, como quem enxota um intruso. A direita sabe disso, por isso embora vá com muita sede ao pote, calcula meticulosamente a conveniência de um eventual bote fatal.

Neste quadro no qual corre risco um governo democrático que descortinou uma possibilidade promissora para o Brasil e o povo como também para os povos da América do Sul, sublinha-se a importância do pronunciamento do presidente do Partido Comunista do Brasil, Renato Rabelo, "Recompor a frente das forças democráticas e progressistas" que se encontra disponível na primeira página deste Diário Vermelho.

Nele o presidente do PCdoB, denuncia as articulações antidemocráticas da oposição conservadora e diz que neste momento a tarefa maior que se apresenta é impedir a falência do projeto democrático e progressista que o governo do presidente Lula está chamado a implementar.

Para isso, diz Rabelo, impõe-se recompor a unidade das forças democráticas, patrióticas e progressistas para reforçar a autoridade do presidente da República. Tanto uma coisa quanto a outra — a reaglutinação do campo democrático e progressista e a defesa do presidente — só serão viáveis com base na implementação imediata de uma plataforma que resgate as mudanças, que assegurem o desenvolvimento econômico e o progresso social.

Impõe-se também o fortalecimento da democracia através de uma reforma política democrática.

VAMOS A LUTA, EM DEFESA DA DEMOCRACIA, E DO GRANDE LIDER DO POVO BRASILEIRIO LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA.

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