Qual é a história do vosso Director?

Poderão dizer algo sobre a história dele? Considero que ele é a fonte da minha inspiração para levantar-me de manhã e encarar este mundo cruel. Vejo agora na Google que tem milhares de referências e que os seus artigos são publicados na imprensa internacional em várias línguas! Parabéns, meu herói! Maria da Fé Prazeres, Benavente, Portugal

Cara Maria da Fé, Decidi ser eu próprio a responder-lhe. Fico muito lisonjeado que haja alguém lá fora que me considera como uma fonte de inspiração mas devo dizer que são pessoas como a amiga Maria da Fé que são a minha inspiração.

Pravda quer dizer “verdade” em russo. Passamos 79 anos a contarmos a verdade desde a primeira edição do jornal, no Domingo, 22 de Abril de 1912 até que o Presidente Yeltsin decidiu, num acto de bebedeira, encerrar o jornal em 1991 e desempregar os seus 6,000 jornalistas.

Porém, dois destes jornalistas, o nosso Presidente Vadim Gorshenin, Director Geral, Chefe de Redacção Geral e CR da versão Russa, e Inna Novikova, CR e Directora da versão inglesa, decidiram re-abrir o jornal em 27 de Janeiro de 1999, conseguindo a autoridade de usar o nome e logo numa publicação via Internet. Foi ainda neste ano que eu contactei o jornal e ofereci os meus serviços. Em 2000, apareceu a versão inglesa e depois de ser promovido a editor desta versão, pela qual ainda escrevo, decidimos abrir a versão portuguesa em Setembro passado, sendo eu o director e chefe de redacção, terceiro na hierarquia da Pravda.Ru. Sou ainda moderador do Fórum.

O jornalismo é uma das minhas muitas profissões. Estudar e trabalhar fazem parte da minha maneira de encarar o mundo com optimismo e vigor. Antes de me juntar ao pessoal da Pravda.Ru, trabalhei durante 20 anos como freelancer, publicando artigos na imprensa internacional, um pouco por todo o mundo.

Decidi juntar-me a este projecto porque a Pravda.Ru tem uma missão: de informar o Mundo da Verdade e de denunciar projectos de fascismo, imperialismo e colonialismo seguidos por grupos de pressão principalmente nos Estados Unidos da América mas não só. Como o polvo, estes grupos têm tentáculos que atingem vários lados.

O facto de ter muitas referências na Internet não quer dizer nada, porque estas são feitas automaticamente pelos “search engines” e muitas vezes o fim do fio é bem diferente do início. Não quer dizer que todas as referências são citações dos meus artigos. Temos de lembrar que ser jornalista é escrever num jornal, e isso qualquer um pode fazer, não quer dizer que somos algo especial.

Somos todos feitos da mesma massa e o nosso destino é igual no final do dia. Temos todos o nosso lugar na sociedade, desde a prostituta ao presidente. Só existindo, cada pessoa vale o acto de nascer. Se alguns são jornalistas e outros jornaleiros, muitas vezes é devido ao fado de cada um, às oportunidades apresentadas e da capacidade de ter a coragem para abrir as portas que se nos apresentam.

Fiquei famoso por ter escrito um artigo acerca das opiniões de Condoleeza Rice, Conselheira Nacional de Segurança ao Presidente George W. Bush, que afirmou que considerava a Rússia uma ameaça aos EUA, tal como a União Soviética tinha sido. Depois de ter negado estas afirmações, e de eu ter escrito um segundo artigo apresentando as fontes em pormenor, foi esforçada a admitir que afinal tinha-as feito e que eu afinal tinha razão...eu e a Pravda.Ru. A partir daí o interesse no que escrevo aumentou, mas isso não faz um grande jornalista.

O que faz um grande jornalista é sentar-se frente ao teclado e escrever com acutilância e simplicidade, a verdade, de forma cativante e interessante, informativo e fluente. Isso tento fazer, com mais facilidade na minha língua do que na sua, mas ainda há muito caminho por andar. Agora, Maria da Fé, considere antes a PRAVDA.Ru como seu herói, não eu, que sou apenas uma pequena peça na equipa que considero como uma grande família.

No entanto, muito obrigado pela sua consideração.

Timothy-Bancroft-Hinchey

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Author`s name Pravda.Ru Jornal
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