Russos irão ajudar AEE a resgatar satélite

Os técnicos russos e europeus estão a tomar medidas para resgatar o satélite de comunicação europeu "Astra-K1" que foi lançado na noite de segunda para a terça-feira e não conseguiu passar da órbita intermediária, muito baixa, com o ponto mais próximo de 200 km, devido a uma falta técnica no módulo de arranque "Dm-3".

Segundo o assessor de imprensa do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Espaciais Khrunitchev, Aleksandr Bobrenev, neste momento, o satélite está sob o comando do seu proprietário, a "União Europeia de Satélites", e da firma construtora, "Alcatel", da França. "Os especialistas europeus reorientaram o satélite, ligaram os seus propulsores e fizeram-no passar para órbita um pouco mais alta - disse Bobrinev. - Isso permitirá ganhar tempo e definir, nos próximos dois ou três dias, os passos posteriores. Enquanto isso, não se sabe, por enquanto, até onde, no máximo, o satélite poderá subir" - frisou o responsável.

As Unidades Espaciais da Rússia estão a calcular os parâmetros da nova órbita do satélite, transmitindo os dados obtidos à sede da "União Europeia de Satélites", em Bruxelas.

O módulo de arranque "DM-3" poderá sair, nos próximos dias, da órbita e cair nas camadas superiores da atmosfera onde deverá desintegrar-se, pois encontra-se em órbita muito baixa. "Os especialistas retiraram do módulo todo o combustível não usado, ou seja, 15 toneladas, para diminuir o seu peso e garantir a sua desintegração completa nas camadas atmosféricas. Agora o módulo representa um aparelho metálico de três toneladas" - divulgou uma fonte das Unidades Espaciais da Rússia.

Segundo disse, em declarações a esta Agência, Konstantin Kreidenko, da Agência Aeroespacial da Rússia (Rosaviakosmos), os especialistas em balística do centro de controlo de voos estão a ajudar o proprietário do satélite a mudar a sua órbita.

Recorde-se que o satélite não chegou à órbita programada, com um apogeu de 35786 km, perigeu de 3343,2 km e um ângulo de 26,3 graus. O foguetão "Proton-K" construído pela empresa Khrunitchev funcionou perfeitamente, tendo colocado em órbita intermediária o conjunto espacial composto pelo módulo de arranque "DM-3", criado pela empresa "Energuia", sediada na cidade de Korolev, na Região de Moscovo, e o satélite "Astra-K1".

Nas três fases de aceleração, o módulo "DM-3" devia ter levado, nas cincos horas posteriores, o satélite para a órbita programada. No entanto, na segunda aceleração, o equipamento automático desacoplou o módulo, por razões que ainda se desconhecem, do satélite. Como resultado, o "Astra-K1", de cinco toneladas, ficou, de facto, abandonado em órbita intermediária.

© RIAN

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