A VERDADE

EDITORIAL

Estou fazendo hoje, uma analise do que escutei durante a minha permanência em centenas de colégios visitados, quando realizei a venda de meus livros: ``A verdade nunca dita sobre Kosovo`` (político), ``Do outro lado da noticia`` (político), ``Reflexo no espelho I e II``(poesia) e ``Um Capixaba pelo mundo``, sobre as minhas viagens na Europa, Ásia e África..

Essa analise vai mostrar uma mistura de opiniões, sobre as razões que levaram o dito cujo aluno, a freqüentar o colégio.

Essas razões vão desde alimentação, distração, sair de perto de seus familiares e até: surpresa! Para estudar.

Realmente, o estudar se divide em: para se formar e trabalhar e para começar a aprender! Diferença grande!

Quem vai ao colégio para começar a aprender alguma coisa, está certo! E os outros?

Esperemos que amadureçam!

Armando COSTA ROCHA PRAVDA.Ru BRASIL

O MUNDO PODRE EM QUE VIVEMOS - Imprensa - 22.10.01

Dois pesos e duas medidas ou, fatos não constatados pela imprensa mundial.

Quando a nossa parcial imprensa analisa a invasão do território palestino por tanques e tropas de assalto israelita, onde assassinam a vontade o povo que não pode se defender, os argumentos que essa imprensa apresenta para justificar esses fatos são pobres e ridículos. Sharon, o presidente israelita declara que a invasão só terminará, quando Arafat e os palestinos entregarem os terroristas que mataram o seu ministro de turismo.

Argumento repetido tantas vezes que não nos deixa pensar, que Arafat também tem o direito de exigir a prisão e entrega dos terroristas israelitas que assassinaram alguns de seus lideres.

Os Estados Unidos teatralmente exigem, que Israel retire os seus tanques do território palestino, mas o mundo sabe, que uma coisa é você mandar e outra é você MANDAR! Se os Estados Unidos realmente ordenasse a Israel que ele retirasse os seus tanques do território palestino ele retiraria, pois sem os Estados Unidos, Israel é NADA.

Já que estamos falando de informações que não são exatamente o que indicam ser, informo que muitas vezes o presidente de um país amigo, declara uma coisa, mas isso não precisa ser levado em consideração, pois é como se diz no Brasil, é, “para o inglês ver”.

Chamo a atenção sobre o pedido feito varias vezes por Arafat para que as Nações Unidas mandassem tropas a fim de separar as partes inimigas, para que ninguém mate ninguém, mas, apesar dos insistentes pedidos e súplicas, as Nações Unidas e os Estados Unidos da América do Norte não tomaram nenhuma providencia a fim de terminar com as mortes de inocentes!

Sharon reclama da morte do seu ministro de turismo, mas só ele, Sharon, é culpado dessa morte, pois se as tropas da ONU tivessem separando as duas partes com certeza isso não teria acontecido!

E...onde está a nossa incapaz imprensa, que nada vê e NADA de verdadeiro informa? Dizem, que “em tempo de guerra, mentira como terra” Eu diria mais: em tempo de guerra a nossa infeliz imprensa mente MUITO e defende de unhas e dentes o interesse do patrão!

Abandonado

Motivo e inspiração: vivia perto do mar em Guaraparí em uma casa confortável quando aconteceu um fato que me deixou triste e pensativo.Um jovem apareceu perto da minha casa. Na praia, juntou umas tabuas velhas, e passou viver lá. Muitas vezes tentei falar com ele, mas as respostas sempre foram frias e indiferentes.Um dia ao acordar, notei um grande movimento perto das tabuas onde vivia rapaz. Então soube que ele tinha se enforcado.

Encontrei-o um dia, caminhando Em direção ao barraco em que morava. Indiferente ao mundo em que vivia. Andava, andava e não via nada!

Senti naquela pobre alma sofrida O abandono dos que o deveriam amar. E ele ia e vinha a todo instante Sem saber por que, sem saber para onde!

Os dias foram passando e já me acostumava Com as idas e vindas do desgraçado. Mas eis que de repente tudo se muda No nascer de um dia que uma vida acaba.

REMINISCÊNCIA

Vamos fazer vocês voltarem ao passado, e por mais incrível que pareça, ele se parece muito com o presente. O artigo de hoje, se chama: “Pode existir liberdade sem justiça?” e foi escrito em outubro de 1985.

Pergunta que hoje o mundo faz ao povo norte-americano, e em especial ao seu governo!

Lendo o Jornal do Brasil do dia 8-10-1985, na pág. 16; encontro uma noticia que justifica o titulo de meu artigo: “EUA rejeitarão as decisões da Corte de Haia!”.

Se a declaração partisse da URSS, China, Cuba, Chile, ou outra qualquer nação, “onde não existe liberdade, onde a justiça reza pela cartilha de seus ditadores”, poderia se entender! Mas...no berço da Democracia?

No decorrer do artigo, encontram-se provas de que a justiça só é valida, desde que julgada e analisada pelo governo dos Estados Unidos da América do Norte, que lhe darão ou não aval, de acordo com o seu interesse.

Por ex: (em continuação do artigo) “Os EUA segundo o porta-voz Charles Redman, consideram que a Corte, um organismo das Nações Unidas, foi utilizado pela Nicarágua como arma política!”.

Como pode um governo, seja ele qual for, julgar uma Corte Internacional; em especial quando ele é que está sendo julgado por essa mesma Corte?

Seria mais descente, mais honesto e menos infantil, declarar, assim como fez Adolfo Hitler ao invadir parte da Checoslovaquia, que não respeitava às leis que fossem contra os atos de seu governo.

Temos que levantar a voz, e dar um BASTA, à nação que, com desculpa de nos estar protegendo de ditaduras desrespeitadoras de leis, está nos levando de volta às leis da selva!

Um Capixaba pelo mundo, parte 22

Para me disfarçar de milionário, e sentir o que o mesmo sente, precisava ir às alturas. Desde criança, quando li livros sobre alta sociedade ou vi filmes, sonhei, que um dia ia fazer esse mágico pedido no restaurante: champanhe e caviar para todos!

No dia seguinte a minha chegada, fui andar pelas ruas de Praga, que fazem você sentir a vida vivida há séculos, o que atrapalha esse sentir são os carros.

Entrei em uma livraria e comprei o dicionário Português-Tcheco e Tcheco-Português.

Esses dicionários realmente não ensinam a língua, mas ajudam, e muito. Na livraria fiz amizade com dois vendedores, uma moça e um rapaz e pedi para eles aceitarem o meu convite para o almoço, sugerindo também que eles levassem mais duas moças e um rapaz, já pensando no equilíbrio entre homens e mulheres!

Eles aceitaram, e eu pedi para irmos aos restaurantes mais luxuosos da cidade.

O restaurante escolhido era realmente muito bonito, situado numa colina de onde se via um panorama deslumbrante da parte antiga de Praga.

Por ser verão podíamos entrar vestindo roupas esportivas. Sentamos e já não via a hora de fazer o tão esperado pedido ao garçom! Sabia, que o meu sonho era bastante infantil, mas nada nesse mundo me fazia desistir de o realizar.

Sentia me um tanto ridículo, não por causa do preço ou do momento, mas em especial, pelo fato de não sentir NADA! Creio que se pedisse arroz com feijão a emoção seria a mesma.

Logicamente, depois do primeiro pedido, outros vieram, eu fazendo sempre a questão de informar aos meus amigos, que poderiam pedir os pratos mais caros, pois a conta era minha.

Quando terminamos a refeição, já tínhamos reservado uma mesa em outro luxuoso restaurante para o jantar.

O interessante foi que o garçom não aceitou gorjeta, que considerava uma esmola. Para mim, ``não fedia e nem cheirava``, pois o resultado da experiência que valia.

Quando estava viajando, sem nenhum contacto com a família, cheguei a pensar, que habitava, toda a minha vida na Europa, apesar de não ter noção onde e que minha família no Brasil era uma cisma, ou um desejo oculto que aparecia em minhas fantasias. Pensava às vezes também, que escrevia para eles, mas que eles não tinham recebido NENHUMA carta. Vivia uma linda vida, voando, sem ligação com ninguém e com nada. Era um estado de espírito, que creio nunca mais vou sentir!

Decidi alugar um carro, “Skoda”, pois apesar de não estar dentro da experiência, ajudava no transporte dos meus amigos para os restaurantes, que às vezes ficavam bem longe do centro.

O carro permanecia a maior parte do tempo na porta do “Axel Hotel” Como nos meus planos estava uma visita à Polônia fui tirar o visto para esse país, estava tentando também o visto para a URSS.

Encontrava-me perto da Embaixada da URSS, quando em uma das minhas tentativas de pedir ajuda, encontrei uma garota que falava espanhol e por intermédio dela consegui finalmente o que queria.

Quando o cônsul russo me perguntou se o visto não criaria problemas para mim, dado a nossa ditadura, respondi que não, mas mesmo assim ele carimbou o visto na penúltima página do meu passaporte. A garota que me ajudou se chama Eva e acompanhou me nos passeios pela cidade durante o dia inteiro, servindo de guia.

A Embaixada da URSS me mandou ir a INTURIST, organização turística da URSS, para confirmar se tinha lugar nos hotéis e para fazer reservas.

As peregrinações pelos restaurantes continuaram, mas começava ficar enjoado de tanto caviar e champanhe, que me causavam tremendas ressacas.

Armando COSTA ROCHA PRAVDA.Ru BRASIL

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