A VERDADE

EDITORIAL

O REVOLUCIONARIO NATAL DE l985

Perguntarão: O que é um Natal revolucionário? Natal revolucionário, logicamente é um Natal em que se faz uma revolução; só que a nossa é de AMOR!

Não vamos deixar ninguém nas ruas, não vamos deixar ninguém sentindo o frio dos que não são amados; convide alguém, convide muitos (de acordo com as suas posses) para participarem da sua mesa, de nossa ceia, nesse dia milagroso que é o Natal!

Por que o homem só pode se tornar um pouco humano em um só dia por ano e não em TODO o ano?

Vamos começar com essa revolução, e quem sabe, depois dessa, outras virão!

Armando COSTA ROCHA PRAVDA.Ru BRASIL

A PROCURA DO AMOR No 13

Vamos pensar sobre o AMOR e da necessidade que TODOS temos de entendê-lo, a fim de que possamos continuar a viver e ter fé no futuro.

Mais uma vez peço que, vocês procurem o numero quatro da serie “A procura do Amor”, onde descrevo o meu encontro com esse sublime sentimento.

Posso agora dizer que, a natureza também oferece muitas vezes a possibilidade de sentir Amor. Pode acontecer, infelizmente em raras ocasiões, que os pais amem os filhos, e felizmente nessas ocasiões, o AMOR é recíproco.

Existem também outros raríssimos casos, esses ligados à religião, quando uma pessoa sente o Amor sincero a Jesus e Maria ou outro ente superior. Mas, nesse caso, ninguém precisa acreditar que esta pessoa realmente Ama, pois quem sente este tipo de Amor é indiferente ao julgamento dos outros. Quem AMA assim sabe que, não precisa provar o que sente.

Gostaria de analisar friamente, o que até hoje considerávamos como AMOR.

Qual a criança que não escutou aos seis, sete, oito, nove ou dez anos, que não era hora para namorar? Analisemos a razão!

Os pais bem poderiam informá-la, que não convinha fazer sexo nessa idade, ou mesmo pensar nele. Vimos assim, como o sexo, atração fisiológica, tem o valor principal no namoro. Fazemos, para atrair o sexo oposto, o mesmo que os animais, designados por nós de irracionais, fazem, logicamente cada um usando de técnicas mais convincentes, dependendo da sua raça.

“A procura do AMOR”, tenta analisar os problemas ligados ao Amor de maneira verdadeira e não simpática ou agradável..

No passado, a condição feminina era TOTALMENTE diferente da atual. A mulher era mais recatada, e como se diz na gíria, se vendia mais caro.

Hoje, depois que as mulheres observarem que, aquelas que se entregavam mais rapidamente eram as mais procuradas, foi um deus nos acuda.

Muitas mulheres chegaram ao cúmulo de encabularem os homens com seus descarados avanços. Não digo que seja regra geral, mas, muitos homens, depois de analisarem a maneira dominante da mulher, que lhes tira a doçura, e dado os seus avanços, encontraram homens que se aproximavam mais, pelo modo de agir e sua delicadeza, às mulheres de antigamente.

Pode ser também por isso, que ocorreu o nascimento do que hoje chamamos de “Bicha”, criado por necessidade de certos homens, em sentirem sentimento em seus contactos sexuais.

No próximo capitulo, vamos falar mais sobre temas como: namoro, paixão, “amor” e sobre o verdadeiro significado dessas palavras de acordo com a lógica Universal.

Brasil 1974

Motivos e inspiração: em 1974 voltei ao Brasil e vi que a situação política e militar continuava a mesma. Em especial, quando alguém volta de países como Inglaterra, França, Suécia etc, sente uma grande diferencia. Depois de conversar com o meu povo pensante e por isso, mais sofisticado, resolvi escrever sobre meu país.

Por que será que tudo é assim? Por que será que não tem fim? O nosso sofrimento é permanente? Tudo nós é negado e por que? Tudo acontece todos os dias. Vivemos sempre e sempre a sofrer. Até ao dia feliz em que vamos morrer!

Nascimento e morte, mescla do nada, De nascimento a morte nada temos. Vivemos sofrendo a liberdade negada. Por isso lutamos, por isso morremos!

REMINISCÊNCIA

Vamos fazer vocês voltarem novamente ao passado, e por mais incrível que pareça, ele se parece muito com o presente. O artigo de hoje se chama: “A ditadura do Dr. Sarney!” e foi escrita em 6-5-1986.

A primeira coisa que se pensa, ao ler o titulo é: a pessoa que escreveu o titulo acima é maluca, anarquista, comunista, etc...etc...etc..., mas...analisemos!

Um país democrático é esse que segue os anseios e desejos da maioria de seu povo. Não é? Pois bem!

O que deseja a maioria do povo brasileiro, não só agora, mas nas outras ditaduras também? Comer como comem todos os seres humanos, ter um lugar digno para morar, ter seu trabalho, educar os seus filhos e outras coisas mais, como se divertir, que no momento não é tão importante. Mas, o que o povo brasileiro tem? NADA!

Por quê?

Porque em um regime capitalista, quem menos manda (em especial em países pobres), é o povo. O povo, na ditadura Sarney, só será ouvido, quando não atrapalhar o programa e os objetivos das multinacionais, dos latifundiários, enfim, da minoria absoluta desse país, tão grande, tão rico, e com um dos povos mais pobres do mundo.

Pergunto: isso é democracia?

Se o povo mandasse, a Reforma Agrária já seria uma realidade e não a continua promessa do amanhã! Escrevi um artigo no “Jornal de Guaraparí”, com o titulo: “Do Povo para o Presidente! Vamos passar a 2a etapa?”. Nesse artigo eu tentava demonstrar ao Presidente, como se pode fazer uma Reforma Agrária HOJE!

O presidente declara que: “O Brasil não vai pagar a divida externa com a fome do povo!” Mas na verdade é o que o Brasil está fazendo.

Os ditadores só sabem paliar e dar migalhas para o povo comer. Vamos respeitar a paciência do povo e também sua ignorância, mas...atenção para o dia, que já está dando sinais de estar chegando, pois nesse dia, eu só dou um conselho:

Ditadores, que só sabem enganar, saiam da frente que o povo vem aí!

Um Capixaba pelo mundo, parte 25

Na despedida, quando Arthur me abraçou, ele estava chorando. Quando o trem deu a partida vi que o meu colega de compartimento era um rapaz. Com o dicionário na mão procurei conversar. Ele me perguntou, o que eu fazia na vida? Como tinha dado certo na DDR e como Arthur tinha passado muito tempo falando sobre o modo como os jovens comunistas tratavam seus professores, resolvi responder: sou professor!

Tinha comprado a passagem, com direito à cama. Mais tarde, quando a camareira trousse cobertor, travesseiro e lençol, fiquei muito surpreso, pois ela deixou tudo em cima da poltrona. O rapaz então me informou que na URSS era assim, era o próprio passageiro que tinha que fazer a sua cama.

Quando comecei a fazer a minha, o rapaz, delicadamente me tirou o lençol da mão dizendo: professor, “niet”(não)! Daí por diante eu tinha a certeza de que nos paises comunistas, realmente o professor era querido. Na fronteira da URSS, os guardas entraram, e pediram aos passageiros para que saíssem dos compartimentos para que eles pudessem examinar as bagagens, sem grandes apertos.

Pouco mais tarde os guardas me pediram para acompanhá-los a Central de Policia. Lá, com um interprete que falava espanhol, me mostraram uma revista de nu artístico, que estava na minha mala e que eu tinha comprado na Finlândia. Informaram, que a revista seria confiscada e que teria que assinar um documento declarando, que daquela data em diante tomava conhecimento de que a circulação desse tipo de imprensa era terminantemente proibida. Se no futuro eu repetisse esse tipo de conduta , eles saberiam, pois o meu nome já tinha entrado em uma lista especial.

Graças a DEUS me deram um interprete. Sem ele eu entraria em pânico!

Quando chegamos a Brest, primeira e única etapa antes de Moscou, fiquei sabendo, que o trem ficaria parado durante algumas horas, por isso deixei minha bagagem no compartimento e me dirigir para a seção da INTURIST na estação.

A paragem do trem foi necessária para que fossem trocadas as rodas dos vagões, porque os trilhos na Rússia são mais largos do que os da Polônia.

No escritório da INTURIST encontrei uma senhora de meia idade e uma jovem de uns 20 anos. A mais velha examinou atentamente os meus documentos atestando reservas nos hotéis de Moscou e Leningrado. Enquanto fazia isso confabulava sobre alguma coisa com funcionaria mais nova Pouco depois, usando meu dicionário, explicou me, que o trem iria demorar e que se quisesse poderia passear no centro da cidade. A colega mais nova, a Natacha poderia me acompanhar. Creio que eu deveria ser muito simpático nessa época.

Imediatamente me tornei um dos homens mais felizes do mundo, por quê?

1 – Enquanto elas conversavam, olhando muito para mim, já me achava preso. De qualquer maneira eu me encontrava dentro da URSS, e por isso, sujeito a ser morto e comido a qualquer momento.Como nada disso aconteceu e só encontrava pessoas amigáveis e prestativas a minha alegria era totalmente justificada.

2 – A garota não era aquela beleza, mas irradiava simpatia. Começamos o passeio. Eu, ela e o dicionário. Ela foi logo reclamando de minha barba. Por coincidência uns 20 a 30 minutos mais tarde, entramos num grande jardim, com um monumento a Karl Marx, barbudo como eu, aproveitei para perguntar por que ela gostava desse barbudo e não de mim, se a barba era a mesma. Ela riu muito.

Depois de mais algum tempo já me sentia descontraído e por isso mesmo, (sou assim) mais “entrão”. Brincando, diz para minha acompanhante: “Natacha, kiss me, please!” O meu inglês estava melhorando e já conseguia memorizar umas 20 palavras e com elas construir frases simples.Como resposta recebi um categórico “niet”. Continuando minha “onda”, perguntei , “Why? Comunistas don’t love? Ela respondeu rindo: “Niet, niet and niet!” E assim fomos passeando.

Ainda estavam faltando algumas horas para partida por isso decidimos ir ao cinema e lá descobri, que as comunistas amam e como...

Ao nos despedir, Natacha me ofereceu um grande livro-álbum, com fotografias de principais monumentos, palácios e parques da cidade. Fiquei muito, e sinceramente agradecido. Mais tarde ela me levou, com a chefa ao trem, e mais uma vez deixei, o que poderia ser uma grande amizade.

Armando COSTA ROCHA PRAVDA.Ru BRASIL

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