Bryan Orquiza. 17 anos. Brasileiro. Artista plástico de sucesso

Plora Pro Nobis O quadro do jovem artista plástico Bryan Orquiza, clássico figurativo-abstrato, expressa o sentimento de desolação do cidadão impotente e órfão.

O choro é a expressão da dor incontida. A mulher chora copiosamente por todos nós. Por nossos pecados. Nossas incompreensões. Nossas injustiças. Nossas bombas. Nossos assassinatos. Nossas prepotências. Do latim, plorare é chorar; pro nobis, por nós. Forma parte da ladainha repetida por todos: ora pro nobis. Orai por nós. E a reza do povo responde: Amém! Assim seja.

Mas as bombas continuam caindo em Bagdá, em Jerusalém, em Cabul. E as pessoas continuam morrendo despedaçadas, sem dó. Quem é o culpado? Quem julga quem?

No fundo, a humanidade segue o jogo do mais forte, do imperador, do dono do mundo. O resto só pode chorar e arrancar os cabelos.

Não encontraram armas de destruição de massa no Iraque. Não encontraram as tais supostas ligações com os terroristas. Não encontraram justificativas sólidas e plausíveis. Será que alguém enganou a opinião pública mundial?

O mundo está sem voz. As pessoas estão se tornando insensíveis. Choram apenas quando a dor chega perto. Ou quando as bombas destroem parte de seus bens.

Onde mora o bom senso? Na França? Na Alemanha? Na United Nations? Ou na revolta do pequeno, vilipendiado, esfoliado, explorado?

Alguém pediu licença para cuidar dos desígnios dos viventes do planeta terra?

Por favor, chorai por nós. Amém! Assim seja. Fazemo-nos de hipócritas. Fingimos de que isto não é conosco. Não somos reais. Você não concorda? Então grite para não chorar.

Bryan, o pintor do não-realismo Bryan pinta desde os 9 anos. Acompanhava a mãe, artista plástica no atelier. Para não incomodar, ganhava uma folha de papel em branco e uma coleção de giz de cera. Nunca mais parou de pintar.

Hoje, com 17 anos, é reconhecido como uma grande promessa. Pinta o não-realismo. Em outras palavras, a realidade não percebida pelos olhos, muito mais expressiva, muito mais verdadeira.

O quadro ao lado, a Pedinte II, foi pintado em acrílico em 2002. A mulher está sentada, com a mão estendida para o mundo. Tenha piedade de mim. Dá uma esmola, pelo amor de Deus.

Essa tela representa a humanidade contemporânea. Faminta. Dolorida. Isolada. Segregada. Desgraçada.

Não adianta. Ninguém ouve. Ninguém vê. Ninguém fala. Os donos do mundo olham para o outro lado, mais bonito, high-tech. Para que se incomodar com esta tal humanidade? Enquanto isso, a cor do artista invade as telas do mundo. Uma coleção de 20 quadros do Bryan foi selecionada para aparecer na West Broadway, Soho, em New York. Será que alguém vai perceber o conteúdo da mensagem?

A arte universal

A dança, a música, a pintura, a escultura e a maioria das artes em geral são linguagens universais: todos entendem, independentes de nação.

Os jovens esperam um mundo mais justo, mais verdadeiro, mais autêntico. Os adultos esperam conquistar tudo que podem, sem limites, sem barreiras. Aprendem a não dar importância para a verdade. Os idosos esperam morrer em paz. Poucos conseguem incomodar. Os que conseguem, tornam-se jovens, renascem, brincam com a vida.

Bryan nasceu em Curitiba, 1986. Além de pintor, é escultor. Dá vida à argila, brinca com as formas, inova, revoluciona. É aluno do Museu Alfredo Andersen em Curitiba. Veja suas obras nos sites: www.bryan.art.br ou www.bryangallery.com.br.

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Author`s name Pravda.Ru Jornal
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