Ucrânia: Alguém aí, procurando guerra maior?

A situação na Ucrânia é estranha e obscura. Houve denúncias, pelo governo golpista, de ataques contra postos militares, mas não foram confirmados. Houve um ataque de unidades de infantaria leve contra um ponto de controle de oposicionistas perto de Slaviansk. Podem ter havido duas, três mortes, mas os militares logo devolveram o comando dos postos aos militantes pró-Rússia. Essa tática de "bater e correr" é coisa que guerrilheiros usariam, mas não é ação que se espere de militares decentes, contra oposição muito, muito mais fraca. Parece haver mais forças de segurança posicionadas em torno da cidade, mas até aqui permanecem paradas por lá.


O presidente Putin da Rússia falou de "consequências" mas não falou de meios específicos para aplicá-las. Os militares russos anunciaram que reiniciaram atividades de treinamento militar perto da fronteira com a Ucrânia.

Nada aí, ultrapassa as pequenas escaramuças para efeito de provocação-propaganda. Kiev não se atreve a muito mais, que daria justificativa a uma invasão. Não acredito que haja alguém em Kiev interessado em provocar invasão russa.

Mas pode haver gente em Washington interessada em provocar conflito que envolva soldados russos, depois a OTAN, depois todos os seus 'parceiros' europeus.

Que ideia melhor, se você quer (a) manter a Europa 'contida' - economicamente e politicamente; e você também quer (b) impedir qualquer cooperação interna, dentro da Eurásia?

Uma boa 'guerrinha' na Europa operaria maravilhas para a economia dos EUA. É manter a Europa abaixo do limiar nuclear... E os EUA, no final, levarão todo o butim.

Esperemos que políticos europeus, pelo menos, percebam a tempo a armadilha óbvia e consigam evitá-la. *****

24/4/2014, Moon of Alabama - http://www.moonofalabama.org/

 

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