Ucrânia: O Fascismo desafia

Os trágicos acontecimentos da Ucrânia serão recordados no futuro como marco de um perigoso desafio do fascismo numa região nevrálgica da Europa Oriental.

Não é ainda possível avaliar as consequências da onda de violência irracional que atingiu aquele país nos últimos dias. Até o número de mortos é incerto, ultrapassando talvez a centena.

O acordo firmado na madrugada do dia 21 pelo presidente da Republica, líderes de grupos da oposição e representantes de países da União Europeia não permite concluir que as decisões deles constantes sejam aplicadas.

A situação em Kiev e na maioria das províncias é caótica, caracterizada por um vazio de poder.

Mas desde já se pode afirmar que cabem aos dirigentes da França, da Alemanha e da Polónia e ao presidente Yanukovitch grandes responsabilidades pela evolução de uma crise na qual os grupos armados de uma extrema-direita de matizes fascistas desempenharam um papel fulcral.

Os países centrais da EU e os EUA incentivaram, armaram e financiaram as organizações extremistas. Ianukovitch demonstrou desde o início da crise incapacidade para a controlar, acabando por perder a confiança do exército, da polícia e dos deputados do seu próprio partido, mudando de posição a cada dia.

A Mensagem que dirigiu ao país, após o acordo, é um espelho do seu caracter. Nela mistura Deus com a política e o patriotismo num esforço inútil para esconder a sua capitulação perante as exigências da oposição.

Fazer previsões sobre o rumo da Ucrânia nas próximas semanas seria entrar no campo da especulação.

Mas os desmandos e violências em curso dos grupos fascistas são inquietantes.

Nas cidades que controlam destruíram estátuas de Lenine, ilegalizaram o Partido das Regiões (que apoiava o Presidente) e o Partido Comunista da Ucrânia e em alguns casos fecharam as suas sedes.

É transparente que o fascismo ucraniano exibe o seu rosto hediondo

OS EDITORES DE ODIARIO.INFO

 

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