Textos de coreano Cho são macabros e contêm linguagem chocante

O atirador de Virgínia Tech Cho Seung-Hui era como que um estranho entre cerca de 26 mil estudantes e segundo testemunhas tinha uma mente «conturbada», o que também revelam os dois dos seus trabalhos apresentados na cadeira de inglês, divulgados pelo site América On Line (AOL). O seu colega de quarto também contou ao New York Times como era a sua relação com o assassino de Virgínia Tech.

Joe Aust, seu companheiro de quarto durante um ano, pouco conseguiu dizer sobre Cho. «Era meu colega de quarto, mas não sei muito sobre ele», disse o estudante de engenharia de 19 anos, que falou numa pessoa muito solitária, que comia sozinho no refeitório, passava o tempo no computador a fazer downloads de música e sem falar com os outros.

Apesar de se falar de uma pretensa namorada, nunca ninguém o viu com alguém, nem mesmo com um amigo. A responsável pelo departamento de inglês, Carolyn Rude, reconheceu que Cho era uma pessoa «problemática», o que levou a alguma intervenção, claramente insuficiente. Isto porque em alguns trabalhos apresentados percebia-se a falta de noções concretas da realidade.

Segundo os seus colegas de quarto, a polícia levou o computador de Cho do seu quarto, tendo ficado surpreendida com a falta de informação por parte dos colegas. «Ele estava sempre muito calado, com um aspecto estranho, sempre fechado no seu mundo», adiantou Joe Aust, acrescentando: «Para além de ser anti-social, ele não falava com ninguém. Tentei falar com ele em Agosto, mas respondia com monossílabos, evitando qualquer conversa».

Textos perturbadores

O site AOL News teve acesso a dois textos escritos por Cho Seung-Hoi, fornecidos pelo colega de turma Ian MacFarlane, que trabalha precisamente nesse site noticioso. Nestes textos é possível perceber alguma perturbação no sul-coreano, com MacFarlane a reconhecer que quando soube da notícia pensou logo que o assassino podia ser «Seung Cho».

«Cho pertencia à minha classe de escrita criativa e ninguém lhe ligava no início. Quase não falava e olhando para o passado, encaixa-se perfeitamente no perfil de atirador: solitário, obcecado com violência e com graves problemas pessoais. Tentámos ajudá-lo, mas ele isolava-se cada vez mais. Quando lemos os seus trabalhos na aula foi como um pesadelo, porque eram macabros e tinham sempre muitas armas. Éramos sempre muito cautelosos e até o professor não dizia grande coisa sobre os textos», contou Ian.

Pode ler os textos escritos pelo assassino nos seguintes links: Richard McBeef e Mr. Brownstone. Avisa-se que contêm linguagem eventualmente chocante.

 Fonte Portugal Diário 

Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter

Author`s name Pravda.Ru Jornal
X