Mãe de Natascha Kampush acusada de organizar o rapto da sua filha para encobrir abusos sexuais

Um tribunal de Viena reabriu, ontem (16), um inquérito para apurar o possível envolvimento da mãe de Natascha Kampush, a jovem que ficou 8 anos em um cativeiro, no seqüestro da própria filha. Segundo a imprensa austríaca Brigitte Sirny teria ajudado a organizar o rapto da filha para encobrir supostos abusos sexuais aos quais ela submetia Natascha.

O ex-juiz Martin Wabl que acompanhou de perto as investigações afirma que a mãe da jovem conhecia o seqüestrador, Wolfgang Priklopil - que cometeu suicídio no dia da fuga de Natascha, há sete meses

A decisão é mais uma reviravolta dramática no caso que comoveu a Áustria. Natascha foi seqüestrada aos 8 anos quando ia para escola em 1998, quando tinha 8 anos, por Wolfgang Priklopil. Durante 8 anos ela ficou presa em um quarto minúsculo. Em agosto do ano passado, quando estava no jardim limpando o carro, a jovem escapou aproveitando-se de uma distração de Priklopil. O seqüestrador cometeu suicídio logo após a fuga de Natascha.

A audiência foi marcada após Martin Wabl voltar a acusar Brigitte Sirny de ter participado do seqüestro da filha. Desde 1998, Wabl acusa Brigitte de conhecer Priklopil e de ter ajudado no seqüestro para encobrir seu envolvimento em atividades sadomasoquistas, nas quais Natascha pode ter sido forçada a participar. Seu comportamento obsessivo o levou a ser preso por abuso de autoridade e a justiça o proibiu de acusar novamente Brigitte. No entanto, a justiça aceitou hoje o argumento de Wabl de que a principal testemunha do caso, a jovem Natascha, não havia sido ouvida no processo.

Caso seja convocada para testemunhar, a jovem terá que esclarecer se foi abusada sexualmente pela mãe. Ela já disse à polícia que havia mantido "contatos sexuais" com Priklopil. Natascha, que atualmente vive em um apartamento alugado na capital austríaca, afirmou que não acredita no envolvimento da mãe.

 Desde o início, o seqüestro de Natascha esteve repleto de polêmicas. De acordo com o ex-chefe da polícia de Viena, as autoridades encontraram logo após o seqüestro um álbum em sua casa com fotos da jovem em poses "sexy". Uma testemunha que não quis se identificar, afirmou já ter visto Brigitte e Priklopil juntos.

 Fonte Agência Estado

Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter

Author`s name Pravda.Ru Jornal
X