O único objetivo dos EUA pode ter sido destruir a Síria...

Estudos feitos pela CIA, encomendados em 2012 e 2013, demonstraram que armar "rebeldes" em guerras civis é tática que quase sempre fracassa. Quando esse tipo de operação dá certo, de algum modo, como no Afeganistão contra os soviéticos, é quase sempre impossível evitar o revide. O governo Obama fez vazar essa história agora, como argumento contra as críticas que suas atuais políticas na Síria têm recebido; o governo Obama, como se sabe, já desistiu do Exército Sírio Livre e está querendo inventar outro exército.


16/10/2014, Moon of Alabama - http://goo.gl/jgEbVx


Cientistas políticos já sabem há bastante tempo que armar 'rebeldes' é sempre ou quase sempre péssima política:


Em geral, apoio externo a rebeldes quase sempre torna as guerras mais longas, mas sangrentas e mais difíceis de resolver (..). Pior: como demonstrou David Cunningham da Universidade de Maryland, a Síria tinha todas as características do tipo de guerra civil na qual o apoio externo a rebeldes é menos efetivo.


Mas se o governo Obama sabia que armar rebeldes era má política, por que os EUA começaram a armar rebeldes em junho de 2012? E por que continuam a armá-los?  E por que continuam a permitir que Israel e Qatar continuem a armá-los?

Dan Froomkin sugere que tudo se deva às políticas eleitorais. Não armar os 'rebeldes' ...


... seria mostrado pela imprensa-empresa da elite - para nem falar da Fox News - como rendição, e provavelmente custaria aos Democratas mais algumas cadeiras na Câmara de Representantes e no Senado.


Também pode ter sido política comandada pela ânsia intervencionista de liberais e neoconservadores, sempre aflitos para 'fazer alguma coisa' - quer dizer, sempre em busca de autossatisfação autoindulgente.

Ou, então, o plano jamais foi vencer a guerra. Se o único objetivo sempre foi "destruir a infraestrutura e o tecido econômico e social da sociedade síria"... nesse caso, sim, armar qualquer tipo de 'rebelde' - e não faz diferença quem seja o 'rebelde' - foi e ainda é política não insana e bem-sucedida. *****

 

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