Brasil: Mais Médicos

Do total, 3.891 possuem registro válido no Brasil e 766 têm diplomas do exterior


O Programa Mais Médicos para o Brasil encerrou o primeiro mês de seleção com 4.657 profissionais cadastrados até meia-noite do último domingo (28), prazo final para entrega de documentos e correções na inscrição. Desse total, 3.891 possuem registro profissional válido no Brasil e 766 têm diplomas do exterior.


"A disposição destes médicos em participar do programa e atender nos municípios do interior e na periferia das grandes cidades é fundamental para conseguirmos melhorar o atendimento prestado à população", avalia o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.


Apesar da possibilidade de correção de inconsistências e apresentação de documentos, 7.278 médicos mantêm registros de CRM (Conselho Regional de Medicina) inválidos. Na última sexta-feira, esse grupo chegava a 8.307.


De acordo com o Ministério da Saúde, outro dado que chamou a atenção foi o baixo número de médicos residentes que confirmou interesse em ir ao Mais Médicos. Dos 1.270 profissionais desse perfil que haviam se inscrito, apenas 31 confirmaram interesse, ao entregar todos os documentos solicitados e declarar que desistiriam de participar das especializações que estão cursando.


As inconsistências foram identificadas por filtros estabelecidos pelo Ministério da Saúde após denúncias de que haveria tentativas de boicote ao programa. "Estes mecanismos protegeram os médicos que de fato tinham interesse em atender a população e em se especializar em Atenção Básica, com acompanhamento de uma universidade federal", diz Padilha.


Os médicos inscritos com documentos pendentes e com informações inconsistentes terão oportunidade de fazer as correções e concluir seu cadastro na próxima seleção do programa, que será aberta no dia 15 de agosto, inclusive com a possibilidade de entrada de novos profissionais.


Cronograma
Em 1º de agosto será divulgada a relação de médicos com CRM válido no Brasil e a indicação da cidade designada a cada profissional. Os profissionais com diploma brasileiro terão de homologar a participação e assinar um termo de compromisso até 3 de agosto. Dois dias depois, as escolhas serão publicadas no Diário Oficial da União.


Já os estrangeiros têm até 8 de agosto para entregar a documentação, pois só poderão ocupar as vagas não preenchidas pelos médicos formados no Brasil.


Municípios
O Mais Médicos para o Brasil conta com a adesão de 3.511 municípios, que equivalem a 63% do total de prefeituras no Brasil e a 92% das consideradas prioritárias para o programa. Juntas, essas cidades apresentaram demanda e capacidade para terem 15.460 médicos atuando na atenção básica.
 
Entre as cidades, 92% já acessaram recursos federais para melhorar a infraestrutura das unidades básicas de saúde e 90% participam de ações do Ministério da Saúde para melhorar a qualidade do atendimento prestado.


A região Norte teve a maior participação de seus municípios (73%), seguida de Sul (68%), Nordeste (66%), Centro-Oeste (60%) e Sudeste (55%). Entre os estados, destacam-se o Amazonas (97%), Amapá (94%), Acre (86%), Rondônia (85%), Ceará (82%), Roraima (80%), Bahia (76%), Piauí (74%), Pará (73%), Paraná (72%) e Espírito Santo (71%).


Todos os profissionais serão avaliados e supervisionados por universidades federais. Nesta primeira etapa, 41 instituições, de todas as regiões do país, se inscreveram no Mais Médicos.


Programa
Lançado pelo governo federal no dia 8 de julho, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país, como os municípios do interior e as periferias das grandes cidades.


Os médicos do programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em Atenção Básica durante os três anos do programa.


O governo federal está investindo, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e na melhora da rede pública de saúde de todo o Brasil. Deste montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil unidades básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação de unidades básicas e UPAs, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários.


Fonte: Ministério da Saúde

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