O pirilampo e a aplicação científica

Investigadores da FCTUC descobrem como modificar a molécula que faz brilhar os pirilampos com o objectivo de desenvolver um marcador para futuras aplicações biomédicas

14278.jpegUma equipa de físicos e bioquímicos da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) desenvolveu um método para modificar a molécula responsável pela emissão de luz (bioluminescência) dos Pirilampos, para poder vir a gerar um marcador químico para futuras aplicações na saúde.

É o resultado de quatro anos de investigação, financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Conhecendo a constituição física e química da molécula geradora de luz nos pirilampos e a proteína onde está inserida, os investigadores começaram por estudar os detalhes dessa proteína, não só para perceber o seu funcionamento, mas essencialmente, para compreender como intervém no processo de emissão de luz e de cor da molécula.

Recolhida e estudada esta informação, era necessário perceber o comportamento em ambientes adversos. Avançou-se, então, para o que podemos denominar a "realização de um filme com o objectivo de obter a resposta individualizada de cada actor nos diversos cenários". A análise deste complexo conjunto de dados, explica o coordenador do estudo, o físico Fernando Nogueira, "permitiu trabalhar mutações de modo a provocar a resposta óptima da molécula para garantir um marcador eficiente para futuras aplicações biomédicas".

Para desenhar a fórmula correcta para a alteração da molécula, os investigadores recorreram ao poder de cálculo do Supercomutador Milipeia. "Identificar e compreender os mecanismos celulares é um longo e complicado trabalho científico, mas essencial para desenvolver ferramentas de apoio à medicina. Os resultados deste estudo são um contributo importante para o desenvolvimento de novas abordagens para aplicação no diagnóstico e tratamento de doenças", realça o também docente da FCTUC. Concluída a parte teórica, a pesquisa irá prosseguir em laboratório, com a realização de testes in vitro (linhas celulares) e in vivo (modelos animais).

FCTUC

Universidade de Coimbra

 

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