Rússia abate submarinos “Typhoon”

A União Soviética desenvolveu uma classe de submarinos nucleares de mísseis balísticos, conhecida por classe “typhoon” pela NATO, que ficaram célebres no filme “A caça ao Outubro Vermelho” e pelo seu registo no Guiness Book of Records como o maior submarino do mundo, com 172 metros de comprimento e 26000 toneladas de deslocamento. Os “Typhoon” foram criados em resposta aos submarinos americanos de mísseis intercontinentais Trident e transportavam 20 mísseis balísticos com um total de 200 ogivas nucleares.

O primeiro submarino entrou ao serviço em 1981 e o último em 1989. A União Soviética tinha planos ambiciosos de contruír Typhoons em grande número e destacou-os para as frotas no Mar do Norte e do Pacífico. Mas no final dos anos 80 foi tomada a decisão de suspender o programa de novas construções devido ao seu custo elevado, a razões políticas – A Guerra Fria estava perto do fim - e pela complexidade das infraestruturas para operar os submarinos. A maioria das bases não podia operar submarinos do tamanho de um estádio de futebol, e os próprios mísseis tinham de ser transportados de comboio e levantados por um enorme guindaste. O navio Aleksandr Brykin foi construido especialmente para transportar os mísseis para armar os Typhoons.

Desde 1996 que os Typhoons têm estado em reserva ou em doca seca, o que deixa apenas as antiquadas classes de submarinos de mísseis balísticos Delta-III e Delta-IV operacionais. Durante o ano de 2002, a Marinha Russa abateu os 5 Typhoons do seu activo, ao mesmo tempo que a Fábrica Sevmash em Severodvinsk tinha quatro submarinos em construção nos seus estaleiros. Dois submarinos classe Akula II, de terceira geração, o primeiro da classe “Severodvinsk” de quarta geração, todos eles submarinos nucleares de ataque, que segundo especialistas, repõem o equilibrio tecnológico com a marinha americana.

O quarto submarino, o “Yury Dolgoruky” da classe “Borey”, de quinta geração, é um submarino nuclear de mísseis balísticos e considerado a par do “Severodvinsk” o mais moderno e silencioso do mundo, o que demonstra a qualidade e a vitalidade da indústria militar russa. Os famosos “Typhoon” parecem assim ter sucessores à altura da sua fama.

Luis MACIEL PRAVDA.Ru LISBOA PORTUGAL

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