O quê é que a Rússia trará ao OMC?

Qualquer dia vamos acordar para achar-nos num país diferente. Recentemente se realizou a conferência científica “Marketing, Produção, Vendas: Problemas Práticos e Teóricos por Tópicos”, apoiado pelo Instituto regional Tatar-Americano. Onde estávamos nós?

Para sabermos onde vamos, vamos ver onde estamos. Nos últimos 30 anos, investimento em ciências an Rússia diminuiu 30 vezes. An educação, decresceu 25 vezes e como resultado, houve uma fuga de cérebros, nomeadamente 100,000 cientistas altamente qualificados que fugiram para o Ocidente, muitas vezes para ganhar a vida a carregar tijolos, enquanto a Rússia investe só 10% do seu PIB na área de ciências.

Mirza Makhmutov, da Academia de Ciências de Tartarstão, afirma que depois do fim da URSS, o país erroneamente seguiu o modelo americano sobre rendimentos, que foi totalmente ineficaz devido à realidade diferente. Rendimento de impostos na Rússia cobra 15% do PIB, enquanto 60% dos russos vivem com sérias dificuldades económicas, ganhando entre 30 e 40 USD por mês. Aleksandr Sergeyev, Director Geral da Agência para Desenvolvimento Empresarial an Tartarstão, disse que se um técnico Yugoslavo ganhe três vezes mais an Rússia do que um russo, é porque trabalha mais, melhor e mais rápido, então que os russos aprendem a trabalhar.

Como então vai a Rússia entrar na Organização Mundial de Comércio (OMC, WTO em inglês), se nem todos os bens produzidos irão ao encontro de normas de qualidade internacionais e as normas ecológicas internacionais? Se certos bens já quase não têm procura, depois da adesão vão desaparecer completamente. Por exemplo, as camiões KamAZ, produzidos no Tartarstão, serão inúteis porque não conseguem satisfazer as normas internacionais, que impõem a condição que um camião tem de suportar um carregamento de 40 toneladas. As leis e as normas internacionais ainda não foram traduzidas claramente para o russo ver e entender e têm de ficar mais transparentes para que todos saberem onde ficam. Se assim for o caso, os russos farão o necessário para que haja investimento na sua economia.

Outra questão é o baixo custo de energia na Rússia, sensivelmente 5 a 6 vezes menos do que na Europa Ocidental, o que iria arruinar as companhias produtores. Daí que não haverá concessões, daí que se vai dificultar a entrada da Rússia na OMC. Simultaneamente, enquanto o russo olha para o seu governo à espera de subsídios. e enquanto as tarifas aduaneiras desviam os bens estrangeiros do mercado russo, não haverá uma tentativa séria de concorrência saudável.

Precisa-se a certificação e normalização dos bens de consumo produzidos na Rússia, conhecimento de, e transparência na legislação internacional, gestão séria e de alta qualidade e a compreensão do conceito de Marketing. São estes os requerimentos que o futuro nos trará.

PRAVDA.Ru

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