Forças especiais lutam no nome de Allah e Putin

Nasceu em 22 de Fevereiro de 1970 e completou o oitavo grau de escolaridade em Grozny. Entre 1989 e 1999 serviu no serviço militar em nagorno-Karabakh, depois estudou na Universidade de Alta-Ata. Entrou na opisição contra Dudaev em 1994 e tem duas medalhas para coragem, tendo recebido dias armas com inscrições do Ministro da Defesa.

Pergunta: Said-Magomed, quanto tempo lutou contra extremistas na Chechénia?

Said-Mogamed Kakiev : Depois de servir no Exército Soviético em nagorny-Karabakh em 1991, voltei a casa, para o epicentro dos eventos. Pensava que nunca mais pegaria em armas mas enganei-me. Dudaev apareceu na Chechénia a semear o caos, organizou vários gangs criminosos na região e não tive outra escolha senão lutar contra os bandidos.

Em 1003, falhámos uma tentativa de assassinar Dudaev quando minha granada explodiu nas minhas mãos. Perdi um braço, um olho, minha nariz e recebi quatro rupturas no crâneo. Meu amigo morreu instantaneamente. Muitos pensavam que eu nunca mais viria a lutar mas graças ao Tudo Poderoso, recuperei, embora com outras características.

Os médicos repararam minha cara numa operação plástica em Moscovo. Eu disse para mim “Ainda tenho uma mão, ainda tenho minha alma totalmente dedicada à Rússia”. Para mim, Rússia e Chechénia são uma unidade e continuarei a lutar por essa unidade.

Pergunta: Participou na primeira campanha na Chechénia, incluindo a batalha sangrenta em Grozny.

Kakiev: Entrei na cidade com minha esquadrão. Naquela altura nem pertencemos ao Ministério de Defesa nem ao Ministério do Interior. Éramos motivados por uma coisa: patriotismo, amor pelo nosso país e acabar com Dudaev e seus gangs. Trabalhamos com a polícia de choque de Moscovo e as forças dos serviços especiais. Pediram nossa ajuda, pois conhecíamos o terreno, a língua e as pessoas.

Travamos uma batalha sangrenta no território da fábrica Eletropribor, na região de Grozny, luta mão-a-mão. Felizmente tivemos a polícia de choque e as forças especiais no nosso lado. Perdemos sete homens mas capturamos 29 membros dos gangs. O inimigo, liderado por Baziev, teve de se retirar. Esse agora está morto, julgado pelo Alá Tudo Poderoso.

Pergunta: Por quê é que não utilizaram unidades blindadas neste assalto?

Kakiev: Foi uma guerra violentíssima. Tenho pena daqueles rapazes jovens. Tentámos proteger uns aos outros mas tem-se de obedecer as ordens. Sabe quantas pessoas perdemos? Pergunta: Ainda há muitas perguntas não respondidas relativamente ao Agosto de 1996. Viu estes eventos?

Kakiev: No dia 6 de Agosto, estava a patrulhar a Dagestanskaya Ulitsa. Estávamos numa casa do presidente da Câmara, Yakub Deniev, éramos 50. De repente fomos atacados por todos os lados. Guardávamos 37 mulheres e crianças na cave. Os “espíritos” gritavam, jurando no Qu’rão que deixariam as mulheres e crianças escaparem, mais os idosos.

Depois, mataram todos, incluindo 30 das nossas tropas. Regaram os corpos na cave com gasolina e imolaram-nos com fogo. Os bestas que fizeram isso se chamam Doku Umarov, Ruslan Gelaev, entro outros.

Pergunta: Em 1996, teve de deixar a Chechénia. O que aconteceu depois?

Kakiev: Maskhadov chamou-me um fora de lei e prometeu o título de “Herói de Ichkeria” para quem me assassinasse. Desde então, vivo em Moscovo, não vejo meus familiares há anos. Fizeram-me responsável pela região de Nadterechni, construí dois campos para refugiados com aquecimento e água…depois assinei um contrato com o Ministério de Defesa e parti para a luta outra vez.

Fontes oficiais dizem que todos os dias, extremistas chechenos estão a deporem suas armas e recebem amnistia. O que acha disso?

Kakiev: Acho que é um processo normal, muito mais porque a maioria dos gangs foram derrotados. Mas o que eles fizeram aos nossos rapazes, de 18 anos? Não entendo a amnistia. OK, deveríamos tentar perdoar aqueles que foram esforçados a se juntarem aos gangs contra a sua vontade mas como olhar para os olhos dum rapaz de 18 anos? Não se deve perdoar o derramamento de sangue. Quem assassina tem de ser responsabilizado. Muçulmanos não podem fazer tais actos.

Basaev pessoalmente lidera todos os terroristas. Não há mais responsáveis. Sim, a guerra mata mas torturar corpos? É horrivel!

Com a ajuda de Alá, conseguimos fazer muito. Com sua ajuda, iremos limpar essa terra daqueles monstros.

German PRONIN PRAVDA.Ru

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