Relações entre a Rússia e a Sérvia

PERGUNTA: Que conteúdo terá o encontro de Igor Ivanov e Nebojsa Covic que, como se comunica, terá lugar em Moscovo a 21 de Fevereiro? RESPOSTA: Devo explicar de imediato que Nebojsa Covic está em exercício de dirigente do Centro de Coordenação para Kosovo. Por isso, no encontro, além da análise da situação política interna na Sérvia e no Montenegro à luz dos esforços envidados para criar a nova comunidade estatal de duas repúblicas, estará inevitavelmente em foco o problema da regularização da situação no Kosovo.

PERGUNTA: Por gentileza, poderia comentar o posicionamento que se tem em Moscovo em relação à recente decisão de Belgrado e Podgorica sobre a transformação da República Federativa da Jugoslávia em associação da Sérvia e do Montenegro?

RESPOSTA: A Rússia saúda a decisão dos Sérvios e dos Montenegrinos de conservar um Estado associado, reorganizando e reestruturando as relações entre duas repúblicas, o que cria as premissas favoráveis para continuar o processo das reformas democráticas na Sérvia e no Montenegro, resolver os problemas económicos, sociais e outros. Desejamos que as tarefas relacionadas com a formação das instituições e dos órgãos associados do poder da Sérvia e do Montenegro tenham bom termo.

O processo da consolidação das posições da comunidade estatal sérvia e montenegrina no palco internacional consoa com os interesses da segurança regional e da estabilização e, por conseguinte, merece ser apoiada por todos os meios.

PERGUNTA: E que óptica a Moscovo oficial tem em relação à normalização da situação no Kosovo?

RESPOSTA: O problema do Kosovo continua ser actual e agudo em escala internacional. Temos um certo avanço nos assuntos do Kosovo que se deve principalmente aos esforços conjugados da comunidade mundial e à sua presença, sob formas diversas, na província. É cedo, todavia, constatar o progresso substancial, qualitativo. São ainda necessárias mais medidas decididas para realizar plenamente os postulados prioritários da Resolução 1244 do Conselho de Segurança da ONU que constituem o fundamento jurídico da regularização. A saber: a segurança igual para todos, as condições adequadas para o retorno dos refugiados sérvios e das pessoas temporariamente deslocadas, a liberdade real da locomoção.

A descentralização do poder e a participação ampla e representativa na administração da vida social da população não albanesa constituem condições imprescindíveis para formar no Kosovo a sociedade democrática e multinacional.

A tarefa primordial da regularização consiste em normalizar a situação geral na província. Neste contexto, o princípio "primeiro padrões, depois o status" continua sendo actual. Dada esta situação, parece prematuro colocar na etapa actual a questão da definição acelerada do futuro status do Kosovo.

Dum modo geral, o problema em causa tem que ser visto pelo amplo prisma regional e a sua solução definitiva e final deve ter como meta a estabilidade na península balcânica. Importa aqui ressaltar a proximidade dos prismas que têm os participantes internacionais do processo de regularização no Kosovo. Por isso, queremos contar com a cooperação construtiva por parte dos nossos parceiros na Sérvia e no Montenegro.

© RIAN

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