"Time" elegeu Putin como "Homem do ano"

A revista Time elegeu nesta quarta-feira  ( 19) o presidente russo Vladimir Putin foi eleito como  " Homem do ano" pela por seu "papel na restruturação de um país", informa AFP.

A distinção, que não é considerada bem uma honra enquanto identificação dos personagens que mais afetaram o mundo no ano que passou, foi atribuída ao presidente num artigo intitulado "Nasce um czar".

segundo o diretor da Time, Richard Stengel, "havia deixado nosso mapa mental".

"Putin executou uma extraordinária façanha de liderança ao impor instabilidade a uma nação que raramente a conheceu e por voltar a localizar a Rússia no tabuleiro do poder mundial", afirmou Stengel.

"Por este motivo, Vladimir Putin é o personagem do ano da Time 2007".

"Putin não é um ''escoteiro''. Não é um democrata em nenhum sentido que seria definido no Ocidente. Não é um modelo de liberdade de opinião", acrescenta o artigo.

"No entanto, representa, acima de tudo, a estabilidade. Estabilidade à frente da liberdade, estabilidade à frente da eleição, estabilidade em um país que raramente conheceu isso em cem anos". O ex-vice-presidente americano e Prêmio Nobel da Paz 2007, Al Gore, ficou em segundo, seguido da autora britânica J.K Rowling, a criadora da saga de Harry Potter.

Todo fim do ano, a revista nascida em 1923 escolhia o “Homem do Ano”, ou seja, alguém cuja existência ajudara a melhor entender o que se passara, e como e porquê, nos últimos 365 anos.

Nem é preciso ter coleção encadernada para adivinhar que já foram “homens do ano” Winston Churchill (mais de uma vez), Albert Einstein, Roosevelt e Stálin.

O critério não era apenas quem mais fizera pelo resto da humanidade no ano prestes a se encerrar. Valia também quem menos fizera, quem mais mal fizera, quem – enfim – mais quase não deixa o ano acabar.

Que o digam os anos em que Hitler (1938) e o aiatolá Khomeini (1979) enfeitaram a capa da revista dentro do critério de Carlyle. Houve também anos de inovação: o ano em que o homem do ano foi a “gente do ano”, como em 1956, com os “freedom fighters” húngaros, ou o ano dos “cientistas americanos”, em 1960.

Um detalhe importante: o primeiro “homem do ano” a ser mulher foi a sra. Wallis Simpsons, em 1936, ano em que quase vem abaixo o império britânico devido aos amores de Eduardo VIII.

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