CSKA Campeão!!

As equipas alinharam:

Sporting Clube de Portugal

Ricardo, Barbosa, Sa Pinto, Enakarhire, Garcia, Beto, Rochemback, Moutinho, Liedson, Rogério, Tello

PFC CSKA MOSKVA

Akinfeev, Ignashevich, Aleksei Berezoutski, Daniel Carvalho, Olic, Vagner Love, Odiah, Zhirkov, Aldonin, Vassili Berezoutski, Rahimic

CSKA merece levar a Taça UEFA a Moscovo depois duma bela partida de futebol táctico, inteligente, concentrado e organizado, que silenciou a multidão da equipa de casa (o estádio do Sporting tinha sido escolhido para o final da Taça UEFA 2004/5 já na época passada). Foi uma questão de “à terceira, é de vez” para CSKA, que já jogou duas vezes em Portugal esta época (0-0 frente ao FC Porto na Liga dos Campeões e 1-1 frente ao SL Benfica na Taça UEFA).

Porém, foi Sporting a inaugurar o marcador, após 28 minutos, quando o brasileiro Rogério chutou na entrada da área com um remate que entrou como um foguete no canto superior direito da baliza de Akinfeev, que não teve qualquer hipótese. 1 – 0.

Até então, o Sporting tinha estado a aumentar a pressão sobre CSKA, que por sua vez tinha demonstrado que poderia ser difícil de conter no contra-ataque, o que fez com que Sporting teve de deixar por trás os médios defensivos, que ficaram assim impedidos de apoiarem o ataque.

Sendo assim, a mensagem foi dada e recebida: CSKA veio a Lisboa para vencer. A defesa da equipa de Moscou começou a bloquear e parar tudo que a equipa da casa lançou contra ela e as incursões no meio-campo ficaram cada vez mais incisivas, culminando numa bela hipótese para o avançado brasileiro da CSKA, Vagner Love, aos 44 minutos, mas rematou ao lado.

Sporting iniciou a segunda metade do jogo com determinação e quase bisou aos 51 minutos quando Akinfeev foi penalizado por ter agarrado ao passe de Ignashevitch na área mas o remate de Rochemback saiu ao lado. Aqui foi o ponto de viragem do jogo.

Primeiro, o Daniel Carvalho no meio campo e depois Vagner Love à frente começaram a demonstrar sinais de perigo até que aos 57 minutos, CSKA igualou o jogo com um remate de cabeça de Aleksei Berezoutski, que converteu o ponta-pé livre de Carvalho. 1 – 1.

Depois disso, o jogo desenvolveu-se em movimentos fluentes, varrendo o campo de baliza a baliza, primeiro Sá Pinto se pôs a frente dum remate de cabeça de Liedson, bloqueando o tento, mas aos 65 minutos, CSKA marcou o segundo golo, Carvalho tendo alimentado Zhirkov que enterrou a bola na baliza de Ricardo. 1 – 2.

Entre os minutos 70 e 75, este jogo forneceu uma boa razão porque os doentes cardíacos não devem assistir jogos deste tipo, as duas equipas desenvolvendo lances excitantes, futebol ao seu melhor nível, justificando o bom dinheiro pago pelos adeptos. Primeiro, Krasic (CSKA), depois Rogério (Sporting), depois Krasic outra vez, depois Rogério, que bateu no poste a uma distância de um metro e dentro de meio minuto, até que Daniel Carvalho fez o passe da noite para seu compatriota Vagner Love enterrar o jogo e o Sporting. 1 – 3.

Os adeptos russos celebraram na noite quente lisboeta num ambiente amigável e hospitaleiro, providenciando um excelente exemplo da calorosa recepção portuguesa depois de 92 minutos de futebol ao seu melhor nível.

CSKA volta a Moscou merecendo a sua vitória e ganhando muitos amigos pelo seu futebol limpo, directo e inteligente. Se a selecção nacional da Rússia conseguir construir algo baseado nisso, será uma equipa a observar de perto na FIFA 2006 na Alemanha.

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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