Moscovo declara ilegais sanções contra três empresas russas

Moscovo considera ilegítimas as sanções aplicadas pelos EUA contra três empresas da indústria de guerra russa - disse, esta sexta-feira, o vice-director do Departamento de Imprensa e Informação da diplomacia russa, Boris Malakhov. Para Malakhov, a 4 de Setembro, a parte americana notificou oficialmente o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia da sua intenção de aplicar sanções contra três empresas da indústria de guerra russas: a empresa estatal unitária "KB Priborostroenie", a empresa federal unitária "Bazalt" e a S/A "Rostvertol", acusando-as de fornecimentos de material de guerra russo à Lívia, Síria e ao Sudão. A 12 de Setembro, no Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, foi recebido o sub-secretário de Estado, John Bolton, junto ao qual foi assinalada a ilegitimidade de tais acções. Também levamos a nossa posição ao conhecimento da parte americana por outras vias - frisou Malakhov. "Causa-nos especial estranheza o facto de um passo tão infundado ter sido dado por um parceiro nosso da coligação antiterrorista" - salientou o diplomata, tendo recordado que não há resoluções internacionais que impeçam ou restrinjam os fornecimentos de armas à Lívia, Síria ou ao Sudão. A "cooperação técnico-militar da Rússia com estes países é completamente legítima e tem um carácter limitado" - disse Malakhov. A Rússia, no entender do diplomata, faz exportações de armas, considerando os seus interesses nacionais, inclusive económicos. O Ministério dos Negócios Estrangeiros e outros ministérios e entidades interessados cuidam da protecção dos direitos e interesses das empresas russas envolvidas na cooperação técnico-militar da Rússia com outros países - ressaltou o diplomata. Além disso, a Federação da Rússia segue uma "política de responsabilidade no que se refere à transferência de armas, observando rigorosamente as disposições da Carta das Nações Unidas, as resoluções do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral da ONU, assim como os Princípios Básicos da ONU, de 6 de Dezembro de 1991, dos fornecimentos internacionais de armas e todos os seus compromissos no âmbito do regime internacional de não-proliferação e controlo das exportações -concluiu Malakhov.

© RIAN

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