EUA rouba fundos iraquianos

A administração Bush e os seus aliados acrescentaram o crime de roubo à lista crescente de delitos depois de três dias de actos terroristas e de assassínio no Iraque que deixaram centenas de vítimas feridas e pelo menos cinco mortos. Estes são crimes de guerra. Bush, Rumsfeld, Blair, Hoon e os seus governos são terroristas, assassinos e criminosos de guerra.

Washington roubou 1,740,000,000 USD de fundos iraquianos retidos em 18 bancos nos EUA, sob o pretexto que este dinheiro será utilizado para reconstruir o Iraque (depois dos EUA o ter destruído) e depois do regime de Saddam Hussein cair. Noutro acto de arrogância bradante, Washington pediu à comunidade internacional que feche as embaixadas do Iraque no seu território e que expulse o pessoal diplomático, pedido este que recebeu um Não! ressonante e humilhante, quase sem excepção.

Washington afirma que nenhum dos embaixadores nomeados pelo regime Ba’ath do Presidente Saddam Hussein será permitido continuar nas suas funções pelo novo governo de Iraque (que já foi cuidadosamente escolhido).

Washington não tem direito sob a lei internacional de interferir nos assuntos dum estado soberano. Como as potências coloniais de outrora, que criaram os pontos de tensão no mundo de hoje por traçar linhas estreitas em mapas com a filosofia “Isso é nosso e aquilo é vosso”, as muitas linhas estreitíssimas visíveis em qualquer Atlas sendo testemunho disso, Washington tenciona instalar um governo do tipo ocidental numa região geográfica onde este modelo é desconhecido. Basta saber ler o mapa, coisa que Bush nunca soube e Blair teima em fingir que não sabe.

Como sempre, tiram-se as palavras “liberdade” e “democracia” do chapéu, bandeiras prontamente içadas por um EUA que nem sempre escolheu parceiros muito limpos para partilhar a sua cama. Washington há muito mostra sinais de ter apanhado uma espécie de doença venéria, que chegou já à demência sifilítica. Prega liberdade e democracia mas pratica censura, os média nos EUA não são livres, as práticas diplomáticas de Washington usam a chantagem em vez do diálogo, trata o Conselho de Segurança da ONU com um despotismo desolador e agora, ainda por cima, os EUA cometem actos de terrorismo, assassinando civis inocentes numa guerra ilegal.

Prevêem-se dias difíceis. Washington e Londres enganam-se, pensando que o mundo irá esquecer e perdoar esta guerra depois que a economia entrar na retoma. Isso com certeza absoluta não irá acontecer, uma vez que os movimentos anti-guerra estão inter-ligados, determinados e estão a juntar recursos. O mundo se junta contra uma nova onda de tirania, o mundo reage contra uma nova força do Mal.

Estes actos de terrorismo, estes actos de assassínio, são o princípio do fim para os governos de Bush e Blair. Nenhum país tem o direito de desrespeitar a lei internacional, menosprezar as Nações Unidas (muito mais depois de terem acusado Iraque de ter feito a mesma coisa), demitir o seu governo e instalar um regime fantoche, para depois roubar os seus recursos.

George Bush, Donald Rumsfeld, Tony Blair e Geoff Hoon são por este meio notificados dos seus envolvimentos em actos de assassínio no Iraque e que serão indiciados sob as normas de direito internacional, que eles escolheram desrespeitar.

Estes anacronismos constituem um bloqueio ao progresso da Humanidade e pagarão o mesmo preço que todos antes deles, que não souberam tomar a decisão certa no momento certo, foram longe demais e pagaram o preço, como a mão dura da História provou tantas vezes.

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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