“Grupo dos oito” considera que as perspectivas na questão de energia são animadoras mas perigosas

A reunião dos ministros das Finanças dos oito países mais ricos chegou ao fim. Se por um lado, os líderes mundiais estão convencidos de que as perspectivas de crescimento são animadora, por outro alertaram para os riscos que os preços da energia representam para esse desempenho.

O recado foi deixado no fim-de-semana sobretudo para o anfitrião deste encontro – a Rússia, que foi pressionada a fornecer fontes de energia mais fiáveis. O acesso aos ‘pipelines’ exportadores de produtores de gás independentes poria fim ao monopólio da Gazprom, controlada pelo Estado, e ajudaria à segurança energética. Os ministros das Finanças mostraram-se favoráveis a um maior diálogo e transparência entre consumidores e produtores de petróleo, porque a factura energética está subir – não só com crude a ser transaccionada a mais de 60 dólares por barril, mas também com os preços do gás a subir, uma das surpresas que a Rússia ofereceu ao mundo no início do ano.

Apesar de toda a pressão, Moscovo limitou-se apenas a garantir que planeia eventualmente pôr fim ao monopólio exportador da Gazprom, mas recusou-se a dar qualquer limite temporal para esta mudança. Tendo em mira o crescimento económico, os líderes do G8 dedicaram ainda uma grande atenção às negociações comerciais que estão a decorrer no âmbito da ronda de Doha. Com o prazo limite no final deste ano, todos os esforços são poucos para convencer os Estados membros da Organização Mundial do Comércio a ceder nos vários dossiers – muito em especial na agricultura e no acesso aos mercados – de modo a chegar a acordo.

O G8 deu ainda um importante contributo diplomático para o avanço das negociações de adesão da Rússia à OMC, mas escusou-se em fazer qualquer gesto para acolher nas suas fileiras a China ou a Índia. Pequim esteve, porém, na boca do mundo, como sempre pelas razões cambiais – as autoridades chinesas deveriam deixar o iuan flutuar mais livremente nos mercados, uma vez que o actual sistema rígido “está a aumentar desequilíbrios à economia mundial”. Um outro risco iminente, segundo o G8 é a possível pandemia da gripe das aves – a doença já chegou à Europa – que pode consequências muito nefastas para a economia mundial.

Segundo o “Diario Economico”

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