Rússia pronuncia-se sobre Conselho de Segurança

A Rússia anunciou pela primeira vez que poderá votar a favor de uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre o Iraque se excluírem “O uso automático da força”. O vice-ministro de Assuntos Exteriores, Yuri Fedotov, declarou à Agência Interfax que a medida não deverá ter “condições impossíveis de cumprir”, pelo regime do Presidente Saddam Hussein. Yuri Fedotov citou como possível base do novo texto um projecto da França “ em duas etapas” na primeira para exigir de Saddam a volta dos inspectores de armas de exterminação maciça, e a segunda seria a ameaça com um ataque caso o acordo não fosse cumprido. O Vice-ministro indicou, não obstante, que de todas as formas “não faz nenhuma diferença do ponto de vista legal” adoptar novas decisões no Conselho de Segurança. “Se a maioria dos membros do Conselho acreditam ser necessário adoptar uma nova resolução para cimentar o envio dos inspectores de armas de extermínio maciço” o Kremlin apoiará este projecto, enfatizou. As declarações de Fedotov foi a primeira manifestação de um alto cargo do Kremlin sobre a possibilidade de votar na ONU a favor de uma nova resolução mais dura sobre o Iraque, como pretende os Estados Unidos.. Até agora. Moscovo se mostrava totalmente contrario à necessidade de uma nova resolução, por entender que as existentes já eram suficientes para o retorno das inspecções no Iraque, interrompidas em 1998. Nos últimos dias , a postura da Rússia pareceu suavizar-se , a dizer o Ministro do Exterior, Igor Ivanov, que Moscovo estava “disposto a estudar uma ou varias “ resoluções , em alusão ao projecto da França, e um próprio projecto. O pronunciamento de Fedotov foi feito poucas horas depois do discurso do Presidente americano, George W. Bush, que apelou a ONU por uma nova resolução sobre as inspecções em Bagdade.

Timofei BYELO PRAVDA.Ru

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