As medidas do Parlamento Europeu contra o Irã são irrealistas

O Ministério das Relações Exteriores do Irã, afirma ser "irrealista" a intenção da Comissão dos Assuntos Externos do Parlamento Europeu em aprovou um projeto de resolução contra o Irã em matéria de direitos humanos.

A porta voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irã, Marzie Afjam, anunciou nesta quarta-feira (02) que as medidas antiraníanas da Europa em relação aos direitos humanos não são construtivas, além de incompatível com negociações em curso com o Irã.

Segundo a porta-voz, no atual momento, quando o Irã e a União Europeia (UE) deram os primeiros passos importantes para resolver os obstáculos bilaterais, a posição do Parlamento Europeu (PE) e a abordagem de questões ilusórias são inaceitáveis.

Afjam insiste sobre o imperativo de que o Parlamento Europeu respeite e compreenda as crenças religiosas, a história e a cultura de outros países, e para implementar os direitos humanos em todo o mundo, o mesmo Parlamento deve evitar tornar-se uma ferramenta política.

Segundo Afjam, o Irã, de acordo com seus ensinamentos religiosos e islâmicos, defendendo indiscutivelmente, a proteção e o respeito aos direitos dos cidadãos e da promoção dos direitos humanos em geral, e afirma que as acusações sem fundamento nada resolve.

A Comissão de Relações Exteriores do bloco Europeu votou nesta segunda-feira (31) em favor do projeto de resolução "A estratégia da UE para o Irã", onde afirma que a eleição presidencial de Junho de 2013 no Irã não cumpriu "padrões democráticos da UE".

O Parlamento Europeu (PE) vai discutir o movimento de resolução na sessão plenária desta quinta-feira (03), após o que será votada. O texto inclui temas como eleições presidenciais, o caso do programa nuclear do Irã e a situação dos direitos humanos no país persa, entre outros.

O vice-presidente da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento iraniano, Mansur Haqiqatpur, anunciou nesta terça-feira (01) que o Irã não vai reconhecer a resolução antiraníana da UE.

Mansur criticou as ações antidemocráticas da União Europeia e do Ocidente e suas resoluções contra outros países, em particular contra o Irã, que teve uma participação de 75% nas ultimas eleições presidenciais.

E afirmou que os membros da UE não têm o direito de aprovar resoluções contra outras nações do mundo, especialmente quando incluem nas resoluções proibição aos seus cidadãos a usar o véu islâmico (hijab).

Da redação do Irã News, com Hispan TV

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