O terrorista Lieberman no Brasil

Laerte Braga

A visita do ministro das relações exteriores do governo terrorista de Israel ao Brasil é só uma tentativa de neutralizar posições políticas do Itamaraty em defesa do estado palestino e se insere na estratégia dos grupos sionistas norte-americanos e de Israel para isolar o Irã, manter intocada a política expansionista de Tel Aviv e colocar as patas e coturnos sionistas no processo político/terrorista em curso em todo o mundo. Seja no governo paralelo dos EUA, seja no show de Obama. No fundo são paralelas que se encontram bem antes do infinito.

Avignor Lieberman em condições normais deveria ter sido preso ao desembarcar em território brasileiro por crimes contra a humanidade. Não difere em nada de Von Ribentropp, ministro das relações exteriores do Reich de Hitler.

O primeiro contato do terrorista foi com o governador de São Paulo, José Serra e em seguida com “empresários” da quadrilha FIESP/DASLU. “Negócios”, no melhor estilo das máfias, mas máfias são aprendizes diante da perversidade de criminosos como Lieberman.

O governo de Israel decidiu voltar suas atenções para o Brasil logo após a decisão do presidente do Irã, Mahamoud Ahmadinejad de cancelar a visita ao País por conta das eleições iranianas. O fato do presidente Lula ter reconhecido a reeleição de Ahmadnejad como legítima só fez apressar a visita do terrorista.

No Brasil existem centenas de milhares de refugiados palestinos concentrados na região de Foz do Iguaçu, onde os norte-americanos quiseram instalar uma base militar e onde, segundo a CIA, Osama bin Laden teria estado por uns tempos. Como a história das armas químicas e biológicas que Saddam Hussein não tinha.

Agentes do serviço secreto de Israel, MOSSAD, trabalham abertamente em território brasileiro, exatamente naquela região. Não se escute uma única palavra do general Augusto Heleno, nacionalista e patriota preocupado com a soberania da VALE sobre o assunto. Esses são conquistadores bem vindos, pois trazem apitos e medalhas de lata e cobre.

A visita a Serra e a quadrilha FIESP/DASLU não foi fortuita. Foi planejada e deliberada dentro da estratégia de cooptação do governo brasileiro e de apostas na futura eleição do governador paulista para a presidência da República.

A importância estratégica do Brasil na América Latina diz respeito aos interesses imperiais dos EUA e seu principal parceiro no terrorismo neoliberal, Israel.

A presença de Lieberman no País é um escárnio e uma ofensa aos brasileiros.

Por trás dos “alertas” sobre o programa nuclear iraniano existe também o interesse de norte-americanos e israelenses no programa nuclear brasileiro. Isso passa batido na grande mídia, lógico, a grande mídia é braço de interesses estrangeiros em nosso País.

Israel além do genocídio contra palestinos, da ocupação de áreas palestinas, não acata uma única deliberação da ONU, não sofre qualquer tipo de punição por terrorismo de estado e é o único país no Oriente Médio a dispor de armas nucleares.

Lieberman vem tentar vender a barbárie em forma de “negócios” e com linguagem de cordeiro.

Há uma clara preocupação de norte-americanos e israelenses com as eleições presidenciais de 2010 no Brasil. Temem que a continuidade do governo Lula através de sua candidata Dilma Roussef mantenha políticas independentes no plano externo e dentro da lógica do governo Lula, um “capitalismo a brasileira” (magistral definição de Ivan Pinheiro) o pais se afaste cada vez mais do centro do neoliberalismo, ganhando mais peso e força e adotando políticas que não interessam aos donos.

A ofensiva do terrorista na América Latina vai se estender a outros países, inclusive Argentina.

Neste momento o Brasil é a principal jóia da coroa neoliberal e nem os dois governos norte-americanos, o dos porões e o oficial, o do show, admitem que essa “jóia” seja perdida.

Apostam numa nova versão de Jânio Quadros, o governador de São Paulo José Serra e pretendem transformar o Brasil na principal base terrorista contra governos populares na América Latina, ao lado da Colômbia.

De quebra levam “negócios” fabulosos a partir de acordos com as elites empresariais (quadrilhas) brasileiras, concentradas no esquema FIESP/DASLU.

O carrasco Lieberman não está no Brasil por iniciativa só de seu governo, mas dentro de todo esse processo. É por aí, inclusive, que se insere o golpe militar em Honduras. Os EUA decidiram recolonizar a América Latina e não aceitam mais governos que busquem a ALBA – ALIANÇA BOLIVARIANA – como alternativa de soberania dessa parte do mundo.

Por trás de Lieberman existem prisões, torturas, assassinatos a sangue frio de palestinos, estupros de mulheres palestinas, toda a sorte de barbáries que é a marca registrada do estado terrorista de Israel desde a sua criação.

É bem mais que uma figura desprezível, repugnante. É um criminoso e seus crimes são contra a humanidade.

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