Irã prometeu libertar a marinheira britânica

"Creio que a militar detida estará livre hoje ou amanhã", afirmou o ministro a um correspondente do canal que cobre a cúpula árabe de Riad. Faye Turney, uma mãe de família de 26 anos, é a única mulher entre os 15 marinheiros presos no Golfo.

Faye Turney foi submetida a um interrogatório que será exibido pela televisão iraniana hoje, segundo as agências de notícias da República Islâmica. As mesmas fontes assinalaram que na entrevista televisiva Turney "pede desculpas" pela suposta incursão dos navios britânicos em águas iranianas e afirma que as autoridades de Teerã trataram ela e os outros 14 militares britânicos detidos de maneira "correta".

Jovem pilotava barco
A jovem loira pilotava um dos dois barcos pneumáticos interceptados pelos Guardiães da Revolução na última sexta-feira, perto de Chatt-Al-Arab, rio na fronteira entre o Irã e o Iraque. Especialmente treinada para enfrentar situações de urgência no mar, Faye teve sua foto estampada nas primeiras páginas da maioria dos jornais britânicos desta quarta-feira.

Imediatamente elevada ao posto de heroína nacional, a marinheira completou nessa quarta seu sexto dia de cativeiro. Aparentemente ela vem sendo mantida em local em separado de seus 14 colegas homens.

Algumas horas antes da captura, a jovem, baseada em Plymouth, havia conversado com jornalistas a respeito de sua família e seu trabalho. Na ocasião, ela disse amar o que faz e garantiu que aceitava os riscos de sua profissão.

"Meus pais sabem que eu posso ir à guerra a qualquer momento", disse ela à BBC. "É uma escolha que eu fiz", afirmou.

Sobre sua mesa, Faye tem uma foto de sua filha Molly, 3 anos. "Eu sei que fazendo este trabalho eu posso dar a ela tudo o que ela quiser na vida, e eu espero que fazendo isso, ela cresça sabendo que uma mulher pode ter uma família e uma carreira", declarou ao jornal The Independent. E ainda acrescentou: "Eu faço o meu trabalho tão bem quanto um homem".

Mas quando perguntada sobre uma possível escolha entre seu trabalho e sua filha, não pestanejou: "Eu amo meu trabalho. De verdade. Mas eu amo também a minha filha, e se eu tiver que fazer uma escolha, escolherei a minha filha. Quanto a isso não há sombra de dúvidas", acrescentou em uma das entrevistas a jovem, casada em 2002.

Seu marido, Adam, também marinheiro, foi posto à disposição da Marinha e aguarda o desenrolar do caso. Em um comunicado, a família de Faye declarou: "É um período extremamente difícil".

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