Chupeta: Narcotráfico não vai acabar nunca

Preso no Brasil o traficante narcotráfico Juan Carlos Ramirez Abadia, o Chupeta que se encontra no Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul afirmou ontem ao Fantástico que a sua prisão não é capaz de abalar o tráfico na Coombia.

“Eu estou preso e já tem gente me substituindo, depois vem outro, e outro. Isso não vai acabar nunca”. O cartel do traficante é acusado de despejar só nos Estados Unidos mais de mil toneladas de cocaína nos últimos anos.

Caçado, o colombiano montou no Brasil uma rede de proteção. Comprou documentos falsos. Ele também é acusado de pagar propina a policiais de São Paulo. A suspeita é alvo de investigação na Corregedoria da Polícia Civil.

 ´Que eu saiba eu não entreguei a ninguém nada´, se defende.
 
Três anos de esconderijos. E recentemente a desconfiança de que tantos disfarces já não faziam mais efeito. PFs estavam cada dia mais perto do colombiano. “Percebi algumas coisas, movimentos estranhos e situações anormais”. O traficante conta que chegou a alertar a companheira colombiana para o risco de serem descobertos. “Eu sempre disse a ela: mantenha-se afastada de todas as coisas porque eu sabia que em algum momento podia acontecer algum problema”. Jessica está presa na sede da PF (SP).

Abadia é dono de um patrimônio de US$ 1,8 bilhão, segundo o governo americano. Acusado de 315 assassinatos, ele colecionou muitos inimigos dentro e fora da Colômbia. Está jurado de morte. “Penso que para o Brasil devo ser o que se chama aqui de uma ´batata quente´. Melhor solução para ambos os governos é eu ir para os Estados Unidos”.

 A caminho da extradição, o traficante teme pela vida dos cinco filhos e muitos parentes que deixou para trás na Colômbia. E em nome deles fez um pacto de silêncio: diz que não vai contar nada sobre os cartéis de drogas. “Não vou fazer nenhum acordo. Vou assumir meus problemas sozinho”.

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